(*) Bruno Cesar
Vivemos conectados. Compramos online, pagamos contas pelo celular, trocamos mensagens o dia inteiro e compartilhamos detalhes da nossa vida nas redes sociais. Com toda essa digitalização da rotina, os crimes cibernéticos se tornaram uma ameaça cada vez mais presente e sofisticada. E o pior: muitas vezes, a vítima nem percebe que caiu em um golpe até que seja tarde demais.
Neste artigo, vamos explorar os tipos mais comuns de fraudes digitais que circulam por aí — alguns, inclusive, fazem parte do nosso dia a dia — e mostrar o que você pode fazer para não ser mais uma vítima.
1. Phishing: o “iscador” digital
Você já recebeu um e-mail do “seu banco” pedindo para atualizar os dados da sua conta? Ou um SMS dizendo que sua chave Pix foi bloqueada e pedindo para clicar num link? Se sim, você já foi alvo de um golpe de phishing.
Essa é uma das táticas mais populares entre cibercriminosos. O golpista se passa por uma instituição confiável para “pescar” suas informações confidenciais — como senhas, CPF e número do cartão.
2. Ransomware: sequestro digital
Imagine ligar seu computador e descobrir que todos os seus arquivos estão criptografados. Para desbloqueá-los, o criminoso exige um pagamento em criptomoeda. Isso é ransomware — um sequestro virtual.
Empresas, hospitais e até governos já foram vítimas, sofrendo prejuízos financeiros e paralisando operações críticas.
3. Clonagem de cartão e QR Codes falsos
Mesmo com tecnologias como chip e token, os criminosos continuam encontrando brechas. E com a explosão do Pix e dos QR Codes, surgiram novos golpes. Um dos mais comuns é o de QR Code adulterado: o criminoso cola um código falso por cima do original, desviando os pagamentos.
4. Golpes no WhatsApp e redes sociais
Quem nunca ouviu falar do golpe do WhatsApp clonado? Um número é invadido ou falsificado, e o criminoso começa a pedir dinheiro para os contatos da vítima. Como a mensagem vem de alguém conhecido, muita gente acaba caindo.
5. Roubo de identidade digital
Dados vazados na internet são ouro para os golpistas. Com CPF, nome completo e uma foto, eles conseguem abrir contas bancárias, contratar serviços ou fazer compras em seu nome.
6. Espionagem digital e vazamento de dados
Não são só as pessoas físicas que estão na mira. Empresas e órgãos públicos também sofrem ataques para roubo de informações estratégicas. Esses dados muitas vezes são vendidos na Deep Web.
7. Cyberbullying, stalking e crimes contra a honra
A exposição nas redes sociais também traz riscos emocionais e reputacionais. O cyberbullying, o stalking e os ataques à honra atingem desde adolescentes até figuras públicas, muitas vezes com consequências sérias.
8. Golpes com engenharia social
Nem sempre o criminoso precisa invadir um sistema. Muitas vezes, ele “invade” a mente da vítima. A engenharia social usa táticas de manipulação emocional para convencer a pessoa a entregar seus dados ou fazer transferências.
Como se proteger no mundo digital
A boa notícia é que, apesar dos riscos, adotar hábitos seguros no ambiente digital pode fazer toda a diferença. Aqui vai um compilado das principais práticas de proteção:
Desconfie sempre de mensagens urgentes, principalmente se envolverem pedidos de dinheiro ou atualização de dados.
Não clique em links desconhecidos recebidos por e-mail, SMS ou redes sociais. Prefira digitar o endereço do site no navegador.
Ative a verificação em duas etapas em todos os aplicativos e serviços disponíveis, especialmente e-mail, redes sociais e WhatsApp.
Mantenha seus dispositivos atualizados com os patches de segurança mais recentes e utilize antivírus confiável.
Evite compartilhar dados pessoais publicamente nas redes — como CPF, telefone, endereço ou nome completo.
Use senhas fortes e diferentes para cada serviço, e, se possível, utilize um gerenciador de senhas.
Desconfie de QR Codes em locais públicos ou campanhas duvidosas. Sempre confira o destinatário antes de confirmar qualquer transação.
Tenha backups regulares dos seus arquivos importantes, preferencialmente em serviços de nuvem e locais desconectados da rede principal.
Fique atento a sinais de vazamentos de dados, e monitore com frequência seu CPF em serviços especializados.
Eduque-se constantemente sobre novos golpes, pois os cibercriminosos estão sempre inovando.
Reiniciar o celular sempre que possível também ajuda, pois as atualizações e limpeza de malwares do sistema operacional são feitas de forma mais rápida ao reiniciar o celular.
O perigo está na palma da mão
Com o celular sempre na mão, muitas dessas ameaças estão a um clique de distância. Os cibercriminosos evoluem junto com a tecnologia, e cada inovação traz consigo novas vulnerabilidades.
A boa notícia: com informação, atenção e algumas práticas básicas de segurança digital, é possível reduzir bastante o risco de ser vítima desses golpes.
Fique ligado. Proteger sua vida digital é proteger sua vida real.
(*) Bruno César Teixeira de Oliveira, com uma carreira sólida na gestão de riscos, compliance e prevenção a fraudes em instituições financeiras. e colunista do O Boletim
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