Bancos digitais disparam abertura de contas para menores no Brasil




Nos últimos anos, houve um aumento significativo na abertura de contas bancárias para menores de idade no Brasil. Prova disso são os bancos digitais liderando essa tendência como o Banco Inter, que possui mais de 3 milhões de clientes menores de idade, com 36% dessas contas abertas em 2023. Já o PicPay introduziu a conta para menores em maio de 2024 e, em outubro do mesmo ano, já havia alcançado 2 milhões de clientes menores de 18 anos. O C6 Bank registrou um aumento de 40% na abertura de contas para esse público entre 2022 e 2023. Além dos bancos digitais, instituições financeiras tradicionais também estão investindo nesse mercado. O Banco do Brasil, por exemplo, lançou a conta BB Cash para menores de 18 anos, e desde outubro de 2022 já abriu mais de 226 mil contas.

O educador financeiro, Renan Diego explica que a transformação digital no setor financeiro tem desempenhado um papel fundamental nesse avanço. Ferramentas como o Pix, o Open Finance e os apps de bancos tornaram os serviços financeiros mais acessíveis, especialmente para o público jovem. De acordo com a Febraban, atualmente, 80% das transações bancárias no Brasil são feitas por meios digitais. “A afinidade dos jovens com a tecnologia e a busca por alternativas digitais têm impulsionado os bancos a criarem serviços para esse público. A digitalização dos serviços financeiros antecipa a educação dos jovens das gerações Alpha e Z.”

O aumento da conscientização sobre a importância da educação financeira para as novas gerações tem impulsionado o crescimento desse setor. Renan comenta que cada vez mais, famílias brasileiras recorrem a contas bancárias voltadas ao público infanto-juvenil como forma de facilitar o pagamento da mesada e o controle dos gastos do dia a dia, incentivando hábitos financeiros saudáveis desde a infância.

Além do ambiente familiar, a escola também tem desempenhado um papel importante na formação da consciência financeira dos jovens. Iniciativas que integram a educação financeira à grade curricular, previstas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), vêm ganhando força e contribuindo para que crianças e adolescentes desenvolvam uma relação mais consciente com o dinheiro desde cedo.

O educador financeiro aponta que o uso de contas bancárias desde a infância pode ser uma ferramenta na educação das crianças. Ao lidar com valores reais, ainda que em pequenas quantias, os jovens aprendem na prática conceitos como planejamento, economia e consumo responsável. É muito diferente ensinar sobre dinheiro com exemplos teóricos e permitir que a criança tenha sua própria experiência financeira. Isso torna o aprendizado mais significativo”, finaliza Renan.

Apesar dos avanços, ainda há desafios a serem enfrentados. A falta de orientação adequada pode levar ao uso inadequado dos recursos, além de riscos relacionados à segurança digital. Por isso, é fundamental que pais e responsáveis acompanhem o uso das ferramentas bancárias e conversem com os filhos sobre finanças.

Texto e foto: Beatriz de Mello

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