Em tempos de turbulências, surgem os oportunistas

 

(*) Taciano Medrado

Olá caríssimo(a)s leitores(a)

A história da humanidade é marcada por períodos de instabilidade e incerteza. Guerras, crises econômicas, pandemias e mudanças políticas sempre foram momentos propícios para que oportunistas emergissem, aproveitando-se do caos para benefício próprio. A frase "enquanto uns choram, outros vendem lenços" reflete bem essa realidade. 

Mas quem são esses oportunistas? Como eles agem? E, mais importante, como podemos identificá-los e nos proteger de suas investidas?

A arte da manipulação

Os oportunistas são mestres na arte da manipulação. Eles detectam rapidamente as fragilidades da sociedade e as exploram sem escrúpulos. Em momentos de crise econômica, por exemplo, surgem falsos salvadores prometendo soluções milagrosas, líderes políticos que usam o medo para conquistar poder e empresas que exploram a vulnerabilidade das pessoas para obter lucros exorbitantes.

No cenário político, a instabilidade é um prato cheio para os oportunistas. Eles se apresentam como alternativas viáveis, mas muitas vezes seus discursos são apenas uma cortina de fumaça para interesses próprios. Propagam notícias falsas, criam inimigos imaginários e promovem discursos inflamados para desviar a atenção dos reais problemas e soluções.

O oportunismo econômico e social

O oportunismo não se restringe ao campo político. No âmbito econômico, crises geram um terreno fértil para especuladores e empresas que, ao invés de ajudarem a sociedade, buscam apenas maximizar seus lucros. 

Durante a pandemia de COVID-19, por exemplo, vimos o preço de itens essenciais, como máscaras e álcool em gel, disparar devido à ganância de alguns. Em tempos de crise hídrica ou energética, há quem lucre vendendo soluções emergenciais a preços abusivos.

Na esfera social, o oportunismo se manifesta em ações de indivíduos que exploram tragédias alheias para autopromoção. Influenciadores que utilizam causas sociais para ganhar visibilidade sem um real compromisso com a mudança, pessoas que se aproveitam de desastres para enganar doações e organizações que usam o sofrimento alheio como marketing são apenas alguns exemplos.

Como nos proteger dos oportunistas?

O primeiro passo para se proteger dos oportunistas é desenvolver um olhar crítico sobre a realidade. Informar-se por meio de fontes confiáveis, questionar promessas fáceis e buscar compreender o contexto dos acontecimentos são atitudes essenciais. Além disso, é fundamental valorizar a transparência e a coerência de líderes e empresas. Aqueles que mudam de discurso conforme a conveniência geralmente têm interesses ocultos.

Outro ponto importante é o fortalecimento da coletividade. Oportunistas prosperam onde há desorganização e desinformação. Por isso, incentivar o diálogo, a educação e a união entre as pessoas pode reduzir o espaço para essas figuras agirem. Em momentos de crise, a solidariedade genuína deve prevalecer sobre o lucro e a exploração.

Por fim, as turbulências sempre existirão, e com elas, os oportunistas. No entanto, a sociedade tem o poder de reduzir sua influência ao agir com consciência e responsabilidade. A busca por informação, o senso crítico e o fortalecimento de valores éticos são armas poderosas contra aqueles que se aproveitam das dificuldades alheias. Em tempos difíceis, é fundamental escolher bem em quem confiar, pois a verdadeira mudança vem daqueles que trabalham pelo bem coletivo e não apenas pelo próprio benefício. 

(*) Professor  e Psicopedagogo


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