Com a aproximação do outono, enfraquecimento e desconfiguração da La Niña e o estabelecimento do período seco, as chuvas deverão ocorrer preferencialmente entre os estados do Sul e parte do Sudeste do Brasil, em decorrência da passagem de frentes frias. Já nas demais regiões é esperado um cenário mais seco. Contudo, o potencial e posicionamento dos maiores acumulados é incerto devido ao horizonte de previsão, ainda mais em um padrão de grande escala na neutralidade. Já no extremo norte do país e na costa norte do Nordeste, a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) deverá contribuir para a ocorrência de chuva até abril.
Ao longo do inverno e no início da primavera, as chuvas continuarão a ser dependentes das frentes frias, mantendo, assim, o grau de incerteza dos maiores acumulados para o período. Oscilações como MJO e, principalmente, poderão influenciar as chuvas e as variações de temperatura no centro-sul do país.
Na primavera, sobretudo a partir de outubro, há o retorno gradativo das chuvas entre os estados do Sudeste, Centro-Oeste e Norte, dada a mudança de padrão da dinâmica atmosférica, característica dessa época do ano, condicionando o início do período chuvoso. Por se tratar de um período de transição, características de inverno e de verão podem ser notadas, o que também eleva o grau de incerteza, ainda mais nesse horizonte de previsão.
Neste momento, estamos sob condição de La Niña, no entanto, trata-se de um fenômeno de fraca intensidade e a atmosfera tem respondido pouco a este resfriamento. O que tem sido mais importante para a distribuição de chuvas pelo Brasil neste período chuvoso, é o aquecimento das águas do Oceano Atlântico, que fornece energia e umidade para a formação das nuvens de chuva.Além de ser um fenômeno fraco, o La Niña deve perder intensidade entre março e abril, caminhando para uma condição de neutralidade que deve persistir até agosto de 2025, pelo menos.
Com uma condição de neutralidade, o que acaba influenciando a intensidade e a posição das chuvas são fatores como a sazonalidade, ou oscilações intrasazonais, como a Oscilação de Madden-Julian ou a Oscilação do Antártica, que têm um intervalo de permanência menor.
O papel da Amazônia no ciclo da água
A umidade do Oceano Atlântico Equatorial, carregada pelos ventos para a Amazônia, transforma-se em chuva e hidrata o subsolo e as árvores.
“As árvores amazônicas, com suas raízes profundas, drenam a água do subsolo e devolvem a umidade para a atmosfera, alimentando um ciclo que transporta essa umidade para o interior do continente”, explica Côrtes. O desmatamento interrompe esse ciclo, reduzindo a umidade atmosférica e as chuvas nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Essa diminuição impacta diretamente a disponibilidade de água para consumo humano, agricultura e geração de energia.
CNN Brasil
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