Olá leitores
Convido a todos a uma reflexão profunda e necessária sobre o papel dos prefeitos em nossa sociedade e a efemeridade do poder que lhes é conferido pelo povo. O tema que nos guia é direto e contundente: "Prefeitos, não subestimem o povo, seu poder é efêmero".
Vivemos em um regime democrático, onde a soberania popular é o alicerce de todas as decisões políticas. O mandato de um prefeito é, antes de tudo, uma delegação temporária de poder, uma confiança que o povo deposita em alguém para gerir os interesses coletivos. No entanto, é lamentável observar que, em muitos casos, essa consciência parece se dissipar assim que a faixa é colocada e o gabinete é ocupado.
O poder efêmero e a ilusão
Muitos prefeitos, ao longo do tempo, caem na ilusão de que o poder que exercem é perpétuo. Cercam-se de bajuladores, ignoram críticas construtivas e afastam-se da realidade das ruas. Promessas feitas em campanha transformam-se em palavras vazias, enquanto a máquina pública, que deveria servir ao cidadão, passa a servir a interesses particulares.
Mas é aí que reside o grande equívoco: subestimar a memória e a força do povo. A história nos ensina que nenhuma autoridade é intocável e que a paciência popular tem limites. As redes sociais, as mobilizações populares e a crescente consciência política da população têm mostrado que os tempos mudaram. Hoje, um prefeito que ignora as demandas do seu povo logo se vê exposto, criticado e, muitas vezes, condenado ao ostracismo político.
O poder, caros prefeitos, não é um fim em si mesmo. Ele é um instrumento para promover justiça social, desenvolvimento econômico e qualidade de vida. O verdadeiro líder é aquele que ouve, dialoga e age em sintonia com os anseios populares. Aquele que compreende que cada voto recebido é uma expectativa de mudança, um pedido de atenção às necessidades cotidianas, um clamor por respeito.
Infelizmente, não é raro vermos prefeitos que, uma vez empossados, passam a governar como se fossem donos da cidade. Ignoram as vozes das ruas, abandonam promessas de campanha e agem como se o mandato fosse um cheque em branco para decisões arbitrárias. Esquecem-se de que, na política, tudo é transitório. O mandato tem prazo de validade. E a paciência do povo, também.
É fundamental que os gestores municipais lembrem-se de que o relógio político não para. O ciclo eleitoral é implacável. Hoje, a cadeira de prefeito; amanhã, talvez, a cadeira vazia. Porque o povo pode até ser paciente, mas não é passivo. Pode até perdoar erros, mas não aceita traição.
A história recente está repleta de exemplos de líderes que acreditaram estar acima do bem e do mal. No entanto, as urnas são implacáveis. O eleitor tem memória e, por mais que alguns tentem maquiar a realidade, a verdade sempre vem à tona.
Prefeitos que tratam a população com desdém, que governam com arrogância, mais cedo ou mais tarde enfrentam o julgamento popular. E esse julgamento não se limita ao dia da eleição. Ele se dá nas ruas, nas redes sociais, nos encontros cotidianos onde as pessoas compartilham suas angústias e indignações
Assim, deixo este alerta aos prefeitos que renovaram seus mandatos por mais quatro anos e aos novatos que pela primeira vez foram eleito: governar é servir. E servir exige humildade, empatia e compromisso.
Aos prefeitos que compreendem isso, o reconhecimento popular será natural. Aos que insistem em subestimar o povo, o destino será o esquecimento.
Que essa reflexão ecoe não apenas nos gabinetes, mas também nos corações (sem cheiro!), daqueles que sonham em construir uma política verdadeiramente voltada ao bem comum.
(*) Professor e analista político
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