(*) Teobaldo Pedro
Quando se lidera a vigilância é necessária sempre. "Por falta de um grito pode se perder uma boiada." Um dos grandes riscos para uma liderança eficaz é a intriga destrutiva. No caso de uma gestão pública isso pode trazer péssimas e significativas consequências, afetando tanto a eficiência de projetos quanto a continuidade da estabilidade nas alianças políticas. Eu faço aqui considerações do que penso deste tão delicado assunto.
A intriga pode ser motivada por ambições pessoais, rivalidades políticas, luta pelo poder ou um descontentamento em relação a decisões gerenciais. Ela poderá ocorrer em ambientes de alta competição ou em situações de crise. Ela pode desviar a atenção e os recursos necessários para a implementação de projetos. Isso pode levar a eventuais atrasos nos trabalhos e em determinados casos extremos, ao fracasso total de excelentes iniciativas.
A perda de confiança entre os aliados poderá até aparecer, rapidamente, existindo fortes desavenças ou fofocas. Uma fragilidade nas coalizões se amplifica quando a lealdade e a transparência são, de algum modo, comprometidas. Caso isso ocorra, intrigas poderão também expor as falhas nas competências dos envolvidos, resultando em conflitos de interesse e decisões que não refletem o melhor interesse público. É bom, havendo isso, que se estabeleça mecanismos claros de responsabilidade e com limites de competência.
Para minimizar os efeitos da intriga, poderá ser necessário ter que impor limites ou punições para comportamentos que ameacem a coesão da equipe. Isso poderá incluir medidas disciplinares ou até demissões nos casos de gravidade. O mais preocupante é que intrigas podem levar a uma progressiva, sutil e destrutiva desestabilização de uma boa coalizão, resultando em uma perda coletiva de unidade e foco. Algo que poderá prejudicar o funcionamento de toda uma máquina na administração.
Como solução imediata seria recomendável se promover e naturalizar a boa cultura da transparência e diálogo aberto nas equipes, se estabelecendo códigos de conduta claros, com mecanismos eficazes para a resolução de conflitos, realizar avaliações regulares do clima organizacional para identificar e tratar problemas de intriga antes que eles cresçam se tornando irreversíveis e destruidores de alianças, outrora ditas sólidas. E como o tempo urge, não convém esperar pra agir. A hora é agora!
(*) É pastor evangélico há 30 anos e tem forte atuação na área social do Vale do São Francisco, desenvolvendo diversas ações nesse segmento há três décadas, tendo sido parceiro na criação de vários projetos de inclusão em Juazeiro e região. Ele tem formação em Teologia, Psicanálise Clínica, Educação Religiosa e Filosofia. Fez especialização em Radialismo, atuando por vários anos na área. É também professor e escritor. Em 2013, ganhou o título de Dr. Honoris Causa pela Genesis University. Colunista do TMNews do Vale (Blog do professor Taciano Medrado)
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