Os estádios de futebol deveriam ser espaços de lazer, convivência e entretenimento, onde famílias, amigos e torcedores de todas as idades pudessem se reunir para celebrar o esporte. No entanto, infelizmente, em muitos casos, eles acabam se transformando em verdadeiras "praças de guerra", palco de violência entre torcidas organizadas, confrontos com a polícia e episódios de vandalismo.
Foi o que, lamentavelmente aconteceu nesse sábado (1) no jogo entre Santa Cruz e Sport Recife quando torcedores dos dois times pernambucanos se confrontaram e partiram para a violência extrema deixando um saldo de 14 pessoas feridas e algumas com lesões graves. As cenas que circulam pelas redes sociais são estarrecedoras típicas da zona de Gaza no conflito Israel e Palestina. (Reveja a matéria)
A questão principal está na cultura do futebol e no comportamento dos torcedores. Em países como Inglaterra e Alemanha, houve uma mudança significativa na forma como o público encara o futebol, tornando os estádios locais mais seguros e amigáveis. No Brasil e em outros países da América Latina, ainda há uma forte presença de rivalidade violenta, alimentada por fatores como impunidade, falta de segurança adequada e até mesmo questões sociais que extrapolam o futebol.
A violência nos estádios de futebol é um fenômeno persistente que desafia a organização do esporte e a segurança pública. O que deveria ser um espaço de celebração e entretenimento muitas vezes se transforma em palco de confrontos entre torcidas, agressões e vandalismo. Esse problema não é exclusivo de um país ou região, mas uma realidade global que exige soluções eficazes.
Um dos principais fatores que impulsionam a violência nos estádios é a cultura de rivalidade exacerbada entre torcidas organizadas. Muitas vezes, a paixão pelo time ultrapassa os limites do razoável e se transforma em um sentimento de hostilidade contra os adversários. Isso é agravado pela falta de educação esportiva e pela impunidade diante de atos de violência, fazendo com que essas situações se repitam constantemente.
A ineficiência das políticas de segurança também contribui para esse mal crônico. Mesmo com a presença de policiamento nos estádios, há falhas no controle de acesso, na identificação de torcedores problemáticos e na aplicação de sanções adequadas. A punição branda ou inexistente apenas encoraja a repetição desses atos.
Ademais, a violência nos estádios está frequentemente associada a outros problemas sociais, como o consumo excessivo de álcool e drogas, a precariedade educacional e a falta de perspectivas para os jovens. O futebol, que deveria ser um espaço de inclusão e diversão, acaba servindo como válvula de escape para frustrações e conflitos latentes na sociedade.
Para enfrentar esse problema, é essencial que haja uma mudança na cultura esportiva e na forma como os torcedores encaram o futebol. Medidas como o cadastramento de torcedores, o uso de tecnologia para monitoramento, punição severa aos infratores e campanhas de conscientização podem contribuir para a redução da violência. Além disso, é fundamental que clubes, federações esportivas e governos atuem em conjunto para criar políticas eficazes de prevenção e controle.
A violência nos estádios é um mal crônico que precisa ser combatido com firmeza e determinação. Não podemos permitir que o medo e a insegurança afastem os verdadeiros torcedores do esporte. O futebol deve ser um espaço de paixão e alegria, não de conflito e medo. A transformação dessa realidade depende do compromisso de todos: autoridades, clubes, torcedores e sociedade como um todo.
Por fim, a violência nos estádios não é só um caso de segurança pública, mas também social pois afeta o modo de vida dos cidadãos de bem que se veem obrigados a deixarem de ir aos estádios nos finais de semana com a família por medo de serem agredidos ou até mesmo serem vitimas de uma bala perdida. Por esses motivos deixei de frequentar estádios de futebol e prefiro o conforto do meu sofá e a segurança do meu lar.
Quem perde com isso? Os clubes que necessitam da renda auferida nos estádios para bancarem os altos custos operacionais e os salários dos jogadores. Perde também o a imagem institucional do futebol brasileiro diante do mundo com toda essa violência injustificada por parte de cidadão que deveriam estar em tratamento psiquiátrico e não indo a estádios de futebol.
(*) Professor, vascaíno e Tricolor baiano(BBMP) e amante do futebol
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