Não é segredo para ninguém a proximidade que há entre o presidente Trump, dos EUA, e o ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro. Também não o é o fato de ambos rejeitarem a Agenda da esquerda com veemência. E, por causa disso, é consenso entre especialistas que o novo governante americano não irá facilitar para países sob regime de esquerda - exceto quando isso envolver compromissos macro de ordem econômica e do interesse dos Estados Unidos.
Trump não está fazendo menos do que fazem países como a China e a Rússia, pondo todos os interesses nacionais deles na frente. Eu não concordo com algumas de suas decisões, até porque algumas delas, de fato, prejudicam o Brasil e a América Latina. Mas ele foi eleito para governar e promover o que for bom para os EUA, em primeiro lugar. E os demais, idem. Cada um verá sua Nação sempre em primeiro lugar e na frente.
Contudo, queria que os nossos governantes tivessem ao menos a ombridade de por o interesse brasileiro acima da tal Agenda esquerdista global. Isso arruinou o país. Bilhões financiando obras em países estrangeiros. Isso em detrimento das nossas maiores demandas internas urgentes.
Trump foi eleito sob ataques maciços contra sua candidatura, dentro e fora do seu País. O Presidente Lula, em uma manobra nada diplomática, declarou apoio a Kamala Harris, a candidata derrotada por Trump. Declarações fortes foram feitas e, embora política não se faça com emoções, as falas deixaram rastros que poderão dificultar a relação entre nosso atual governo e o dos americanos, que são o nosso segundo maior parceiro comercial. E a Economia brasileira precisa de canais abertos com eles para fazer fluírem bons negócios. Isso nos remete a um grave e recorrente problema de geopolítica comercial.
A América Latina nunca foi prioridade para nenhum governo dos EUA, seja com Republicanos ou Democratas no poder. O Brasil manteve alguns negócios bilaterais que perderam força nos últimos anos. A decisão do novo governo de "tornar a América grande de novo" implica proteger os interesses econômicos e estratégico-militar daquele país, em proporções cada vez maiores. Isso assusta e inquieta algumas nações como Venezuela, Cuba e Nicarágua - todas sob o manto de aliança do atual governo brasileiro. Mas são consideradas ditaduras disfarçadas de Democracia e Trump pretende endurecer contra estas e quem as defender também. Lula estará encurralado entre ideologia e pragmatismo político. Lembrando que teremos eleições presidenciais em 2026 e sua popularidade está em queda.
Os primeiros passos do novo presidente americano já apontam para uma independência diplomática, econômica e política em relação ao resto do mundo. Isso poderá significar uma redução na proporção do comércio conosco, o que traria um desnível na balança comercial, a favor deles, pela possibilidade de aumentos tarifários em produtos que exportamos para lá. O protecionismo deles será fortalecido para garantia de empregos e lucro interno. Errado ele não está! Cada governante deveria agir igual: Fazer de tudo para proteger sua economia e proteger a gente que o elegeu e o pôs para governar. Agora só nos resta aguardar e torcer para que no caso do Brasil exista uma maior condescendência por parte dos EUA. Algo pouco provável, pois sabemos que a política global é feita com o pragmatismo de resultados e não com boas intenções e altruísmo. Isso fica para religiosos e filantropos. A politica real é cruel, fria, gananciosa e interesseira. Aguardemos o que virá!
(*) É pastor evangélico há 30 anos e tem forte atuação na área social do Vale do São Francisco, desenvolvendo diversas ações nesse segmento há três décadas, tendo sido parceiro na criação de vários projetos de inclusão em Juazeiro e região. Ele tem formação em Teologia, Psicanálise Clínica, Educação Religiosa e Filosofia. Fez especialização em Radialismo, atuando por vários anos na área. É também professor e escritor. Em 2013, ganhou o título de Dr. Honoris Causa pela Genesis University. Colunista do TMNews do Vale (Blog do professor Taciano Medrado)
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