Medidas sinalizadas pelo governo não devem conter inflação, diz economista


A estrategista de inflação da Warren Rena, Andréa Angelo, afirmou que, no caso de o governo seguir com as medidas que foram sinalizadas para conter o preço dos alimentos, a alta não deve ser contida. "Com essas medidas, de fato, é muito difícil de que façam o preço ficar mais barato na ponta final", afirmou Angelo, em entrevista ao Agora CNN deste sábado (25). 

Olhando em retrospecto, a economista da Warren relembrou que intervenções como estas no fim acabam gerando mais distorções do que correções; como em 2024, quando o governo anunciou medidas - como leilão, importação e tabelamento de preços - para conter os preços do arroz após as chuvas que inundaram o Rio Grande do Sul. 

Preço dos alimentos.

Nos últimos meses, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística tem, repetidamente, apontado os alimentos dentre os principais culpados pela alta da inflação no país. Nesta sexta-feira (24), o IPCA-15 (indicador tido como a prévia da inflação oficial) de janeiro registrou alta de 0,11% no mês. Apesar de desacelerar ante dezembro, quando estava em 0,34%, o índice continuou sendo puxado por alimentos e bebidas, que subiram 1,06% em janeiro. 

Preocupado com a situação, o governo tem discutido medidas para conter o preço dos alimentos e, após reunião para tratar do assunto, ministros de Estado apontaram a possibilidade de se derrubar alíquotas de importação para suavizar os valores cobrados no país.

Fontes da área técnica da pasta da Agricultura afirmaram à CNN, porém, que a medida pode não ser tão eficiente. 

Angelo destaca que a ação pode acabar dando margem para os varejistas manterem por ainda mais tempo os preços como estão, uma vez que o consumo segue forte no Brasil - impulsionado por um mercado de trabalho aquecido. "Com isso, fica até mais fácil de deixar os preços num patamar mais elevado", pontuou a estrategista da Warren. Plano Safra 

Dentre as propostas ventiladas, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, sinalizou a possibilidade de o governo promover um novo Plano Safra para subsidiar e estimular ainda mais a produção agropecuária. O Executivo ainda aponta para a intenção de se diversificar a produção do país para que o consumidor não fique dependente dos produtos vindos de determinada região, caso situações como a do RS se repitam. 

A economista da Warren afirmou à CNN que "medidas neste lado são mais assertivas". "Medidas assim, seja de crédito ou que diminuam o preço tributário, ajudam com aumento de produtividade e efetividade", pontuou Angelo, porém ressaltando que mesmo por esse caminho é difícil mensurar o impacto final nos preços. 

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