Pensando aqui com os meus botões sobre a política no Brasil, mais precisamente sobre a política ideologia, chego a conclusão de que tanto a esquerda quanto a direita são irmão da mesma mãe - a hipocrisia.
Regionalizando a questão, afinal de contas, ainda não consegui digerir a indicação de um dos mais ferrenhos defensores do Bolsonarismo e da direita conservadora, na região do Sub médio São Francisco, para assumir o cargo de Coordenador da Defesa Civil de Juazeiro, no atual governo do "novo" e da esquerda radical de Juazeiro. Desnecessário citar nomes, todos sabem de quem estou me referindo.
São por essa e outras que tomei a decisão de me afastar definitivamente da política partidária - hoje sou apartidário, mas isso não significa dizer que fecharei os olhos ou emudecerei para o que acontece no ambiente político tanto regional quanto nacional. Pisou na bola? meu senso crítico vai está de plantão, doa a quem doer. Ja mandei esse recado antes e não custa nada reforçar. Vou incomodar e desagradar? vou! afinal, nem Jesus Cristo agradou a todos! Imaginem eu, um simples mortal (Risos).
A política e o espetáculo de hipocrisia
A polarização política no Brasil tornou-se um espetáculo de hipocrisia, em que tanto a direita quanto a esquerda disputam quem pode ser mais contraditório e corrupto. No discurso, ambos os lados vendem a imagem de defensores da moralidade e do progresso, mas na prática, o que se vê é uma luta incessante pelo poder, onde princípios são descartados conforme a conveniência.
A direita brasileira, que se apresenta como guardiã da liberdade e da ordem, mostrou-se tão suja quanto a esquerda que ela tanto critica. O discurso de combate à corrupção se esvaziou diante de escândalos envolvendo figuras que antes pregavam a moralidade. Políticos direitistas, que acusavam seus adversários de aparelhamento do Estado, fizeram exatamente o mesmo quando tiveram a oportunidade. A bandeira do liberalismo econômico foi instrumentalizada para favorecer grupos específicos, enquanto o restante da população segue sufocado por um sistema que perpetua desigualdades.
Por outro lado, a esquerda, que historicamente se coloca como defensora dos mais pobres, provou que sua ânsia pelo poder é maior do que qualquer ideologia. Quando governou, cometeu os mesmos erros que dizia combater, perpetuando esquemas de corrupção bilionários e alimentando um sistema que favorece apenas a elite política.
A velha retórica de justiça social se revelou um instrumento para manipular a opinião pública, e se transformou no "populismo", corrente que parece ter virado moda no Brasil, enquanto líderes se beneficiam da, suposta, ingenuidade do povo. E pasmem! estamos assistindo a reprise do mesmo filme.
No fim das contas, ambos os espectros políticos são faces da mesma moeda. A população é usada como massa de manobra em um teatro onde o roteiro já está escrito: falsas promessas, alianças oportunistas e enriquecimento ilícito.
Por fim, o Brasil segue refém de um sistema, onde não há direita moralmente superior, nem esquerda redimida. O verdadeiro desafio está em romper com essa lógica, criando um novo caminho que realmente represente os interesses do povo e não apenas os dos políticos de plantão.
(*) Professor e Analista político
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