A palavra "Novo", é frequentemente utilizado por políticos de forma banal em épocas de eleições para descaracterizar o trabalho de seus adversários e se locupletarem tentado tirar proveito do eleitor menos avisado e desinstruído.
A política, palco de disputas e promessas, é um terreno fértil para a análise linguística. Entre os termos mais recorrentes no discurso político, a palavra "novo" destaca-se por sua capacidade de evocar esperança, renovação e mudança. No entanto, a repetitiva utilização desse termo levanta questionamentos sobre suas verdadeiras intenções e seu impacto no eleitorado.
É comum observarmos candidatos, em suas campanhas, prometendo um "novo tempo", uma "nova política" e soluções "inovadoras" para os problemas da sociedade. A repetição dessa palavra, muitas vezes desvinculada de propostas concretas e realizáveis, cria a ilusão de que uma simples mudança de nomes e rostos será suficiente para transformar a realidade.
Mas será que a palavra "novo" é apenas um recurso retórico utilizado para manipular o eleitorado, ou existe algo mais por trás desse discurso?
O poder da novidade
A busca por novidades é inerente à natureza humana. A promessa de algo novo e diferente desperta a curiosidade e a esperança, especialmente em momentos de crise ou insatisfação com a situação atual. Os políticos, conscientes desse apelo, exploram a palavra "novo" para criar uma imagem de renovação e modernidade, contrastando com a velha política, vista como corrupta e ineficiente.
A manipulação do discurso
No entanto, a utilização da palavra "novo" pode ser um artifício para disfarçar a ausência de propostas realmente inovadoras. Muitas vezes, as propostas apresentadas como "novas" são na verdade adaptações de ideias já existentes ou simples reembalagens de políticas antigas.
Ao utilizar termos como "novo", "moderno" e "revolucionário", os políticos buscam desviar a atenção do eleitorado para aspectos superficiais e emocionais, em vez de apresentar um debate sério e aprofundado sobre as questões de interesse público.
A necessidade de um olhar crítico
É fundamental que o eleitorado desenvolva um olhar crítico em relação ao discurso político e não se deixe levar apenas por promessas vagas e genéricas. É preciso questionar as propostas apresentadas, analisar o histórico dos candidatos e verificar se as promessas de "novidade" são coerentes com as reais necessidades da sociedade.
Além da palavra "novo"
A busca por mudanças na política não se resume à simples troca de nomes e rostos. É preciso ir além do discurso e analisar as propostas concretas, a trajetória política dos candidatos e a viabilidade de suas ideias. É fundamental que o eleitorado participe ativamente da vida política, cobrando dos seus representantes resultados concretos e uma atuação ética e transparente.
Por fim, a palavra "novo" é um recurso poderoso na política, mas seu uso pode ser manipulador e enganoso. É preciso que o eleitorado esteja atento a esse tipo de discurso e exija dos políticos propostas claras, concretas e realizáveis.
A verdadeira mudança na política não se constrói apenas com palavras bonitas, mas sim com ações concretas em benefício da sociedade.
Pense nisso!!
(*) Professor, psicopedagogo e analista político
Não
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