(*) Taciano Medrado
Hoje vamos falar sobre um tema muito importante e relevante para o nosso país: o papel do cooperativismo e do associativismo no desenvolvimento econômico.
Para começarmos, é fundamental compreender o que são cooperativas e associações.
Cooperativas são organizações formadas por um grupo de pessoas que se unem para atender às suas necessidades econômicas e sociais de forma conjunta e solidária. Elas podem atuar em diversas áreas, como agricultura, crédito, saúde, educação e consumo.
Por outro lado, o associativismo se refere à união de indivíduos em associações que buscam objetivos comuns, mas que não necessariamente têm a estrutura formal de uma cooperativa.
Essas duas formas de organização social têm ganhado cada vez mais destaque no cenário econômico nacional, especialmente em um contexto onde a solidariedade e a colaboração se tornam cada vez mais necessárias diante das crises e desigualdades que enfrentamos.
Vamos agora discutir alguns pontos fundamentais que evidenciam a importância do cooperativismo e do associativismo para o desenvolvimento econômico do nosso país.
Geração de Emprego e Renda
Uma das contribuições mais significativas do cooperativismo e do associativismo é a geração de empregos. As cooperativas proporcionam oportunidades de trabalho, especialmente em áreas rurais e em comunidades menos favorecidas. Ao se unir, os cooperados têm mais condições de investir em suas atividades, melhorar sua produção e, consequentemente, gerar renda para si e para suas famílias.
Além disso, as cooperativas podem oferecer melhores condições de trabalho, criando um ambiente mais justo e colaborativo. Isso é especialmente importante em setores como o agrícola, onde pequenos produtores se unem para acessar mercados e obter melhores preços por suas mercadorias.
Fortalecimento da Economia Local
O cooperativismo e o associativismo também atuam para fortalecer a economia local. Quando as pessoas se unem em cooperativas, elas fomentam a circulação de recursos na própria comunidade. Isso significa que, em vez de direcionarem seus lucros para grandes empresas, os cooperados reinvestem na sua localidade, contribuindo para o desenvolvimento regional.
Um exemplo claro disso pode ser encontrado em cooperativas de agricultores, que ao produzirem e venderem juntos, conseguem não apenas garantir a sustentabilidade de suas atividades, mas também dinamizar a economia local, criando um ciclo virtuoso de crescimento.
Inclusão Social e Redução das Desigualdades
O cooperativismo e o associativismo também são ferramentas poderosas para promover inclusão social e reduzir desigualdades. Eles possibilitam que grupos historicamente marginalizados, como mulheres, negros e indígenas, tenham acesso a recursos, conhecimento e mercado.
As cooperativas oferecem um espaço onde esses grupos podem se organizar, ter voz e participar ativamente da economia. Isso é uma importante forma de empoderamento, que permite a essas pessoas construir sua autonomia e melhorar sua qualidade de vida.
Fomento à Sustentabilidade
Outro aspecto relevante é que cooperativas e associações tendem a ter um compromisso maior com práticas sustentáveis. Como são compostas por pessoas que fazem parte da mesma comunidade, elas têm um interesse direto na preservação do meio ambiente e na sustentabilidade de suas atividades.
Cooperativas agrícolas, por exemplo, muitas vezes adotam práticas de agricultura orgânica e agroecológica, respeitando a biodiversidade e evitando o uso excessivo de produtos químicos. Isso não apenas garante uma produção mais saudável, mas também contribui para a preservação dos recursos naturais para as futuras gerações.
Educação e Capacitação
Por fim, é importante destacar o papel das cooperativas e associações na educação e capacitação de seus membros. Muitas dessas organizações oferecem treinamentos e cursos que capacitam os cooperados, aumentando suas habilidades e conhecimentos. Isso resulta em uma força de trabalho mais qualificada e mais capaz de inovar e enfrentar os desafios do mercado.
Além disso, a educação cooperativista também fomenta valores como solidariedade, responsabilidade e democracia, formando cidadãos mais conscientes e engajados socialmente.
Em suma, o cooperativismo e o associativismo desempenham um papel crucial no desenvolvimento econômico do Brasil. Eles não só contribuem para a geração de empregos e renda, mas também promovem o fortalecimento da economia local, a inclusão social, a sustentabilidade e a educação.
É fundamental que o poder público, as instituições financeiras e a sociedade civil apoiem e incentivem essas formas de organização. Somente assim, poderemos avançar em direção a um modelo econômico mais justo, solidário e sustentável.
(*) Professor, Engenheiro Agrônomo, Bacharel em Administração, matemático e Psicopedagogo
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