A Mística da sexta-feira 13



Foto ilustração - Internet/Google

(*) Taciano Medrado

E eis que de repente chega mais uma sexta-feira 13! e com ela os mistérios que envolvem essa intrigante data do calendário.

Mas afinal, o que tempo detrás desse dia?

A história da sexta-feira 13 é uma daquelas que nos convida a refletir sobre o poder da crença e da superstição na vida cotidiana. Data que tem o poder de evocar medo e expectativa, a sexta-feira 13 sempre foi cercada de mistérios e histórias curiosas. Para compreender a mística que envolve esse dia, precisamos explorar as suas origens e as associações que as diferentes culturas têm com ele.

Primeiramente, é importante lembrar que a combinação do número 13 com a sexta-feira já carregava um peso simbólico muito forte nas culturas ocidentais. O número 12, por exemplo, frequentemente representa a plenitude: temos 12 meses em um ano, 12 signos zodiacais, 12 horas em um relógio, entre outros. O número 13, por sua vez, é visto como um "número fora do lugar", trazendo a ideia de desestabilização e rupturas.

Histórias que cercam a sexta-feira 13 se entrelaçam com mitologias e religiões. Na tradição cristã, a última ceia de Jesus teve 13 participantes, sendo Judas, o traidor, o 13º homem a se sentar à mesa. A traição, a morte e o sacrifício que se seguiram geraram uma carga negativa que se associou ao número 13. Além disso, a crucificação de Jesus ocorreu em uma sexta-feira, o que fez desse dia uma data particularmente carregada de simbolismo e amargura para muitos.

Mas o medo do número 13 não se limita ao cristianismo. Em várias culturas, ele é considerado um símbolo de má sorte. Por exemplo, na tradição tarológica, o 13 é associado à carta da Morte, que representa transformações e finais, mas também o começo de algo novo – um conceito que pode ser assustador para muitos. O medo deste número, chamado de "triscaidecafobia", gerou comportamentos como evitar ter 13 pessoas à mesa ou não contratar 13 empregados.

Ainda, a sexta-feira 13 se destaca no imaginário popular, especialmente no cinema. Filmes de terror, como a famosa série "Sexta-Feira 13", alimentaram essa mística, consolidando a ideia do dia como um momento de aparições e acontecimentos sinistros. Jason Voorhees, o icônico personagem, se tornou um símbolo da cultura pop, misturando o medo com o entretenimento, fazendo com que pessoas ao redor do mundo se tornassem ainda mais fascinadas pela data.

A mística da sexta-feira 13 também se reflete em rituais populares. Algumas pessoas evitam tomar decisões importantes, realizar mudanças ou até mesmo sair de casa nesse dia, enquanto outros se reúnem para festas, rindo das superstições e desafiando a ideia de que o dia traz azar. Essa dualidade evidencia algo fascinante sobre a natureza humana: a necessidade de encontrar significado e controle em um mundo muitas vezes caótico.

Ainda assim, podemos observar que, em muitas culturas, a sexta-feira 13 não é considerada um dia de azar. Em algumas tradições, é visto como um dia de boa sorte e renovação. Por exemplo, na cultura espanhola e na italiana, o número 13 é muitas vezes associado à prosperidade e à fortuna. Essa peculiaridade nos lembra que a maneira como encaramos a superstição pode variar significativamente de uma cultura para outra.

Independente das crenças, a sexta-feira 13 se tornou um fenômeno cultural global que transcende a simples questão da sorte ou do azar. É um dia que nos convida a refletir sobre nossos medos, sobre a forma como construímos nosso entendimento do mundo e sobre a necessidade humana de encontrar significados em datas, números e momentos.

Por fim, se você se sente atraído ou repelido pelo misticismo dessa data, considere que, no fundo, a verdadeira essência da sexta-feira 13 reside na maneira como escolhemos interpretá-la. Para alguns, é um dia de trevas e perigos; para outros, um convite para celebrar, desafiar e rir frente ao desconhecido. Assim, deixo você com uma pergunta: como você escolhe ver a sexta-feira 13? Como um dia de má sorte ou como uma oportunidade de se libertar das amarras das superstições? A resposta, como toda mística, pode ser tão vasta quanto sua imaginação permitir.

E assim, navegamos entre a história, o medo, a superstição e a cultura, sempre em busca do nosso próprio significado e lugar nesse enigmático ciclo de vida.

(*) Professor e Psicopedagogo

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