Durante a cerimônia de abertura da 4ª Semana Nacional de Educação Profissional e Tecnológica, realizada nesta terça-feira (26) em Brasília, a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, destacou a cooperação entre a pasta e o Ministério da Educação (MEC) em diferentes iniciativas voltadas para fortalecer a pesquisa e popularizar a ciência na rede de ensino.
“Desenvolvemos ações para fomentar a educação científica e a popularização da ciência na educação básica, aproximando as políticas públicas, fortalecendo iniciativas locais, considerando que temos desafios comuns, no que se refere à melhoria da qualidade da educação”, disse a ministra, ao lado dos titulares da Educação, Camilo Santana, e da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo e autoridades locais.
A cerimônia aconteceu no Estádio Mané Garrincha, a Arena BRB, palco das exposições, debates e oficinas da Semana Nacional de Educação Profissional e Tecnológica que acaba na quinta-feira (28).
Com o espaço lotado de estudantes, a ministra reforçou que a melhoria na qualidade da educação atrai e prepara a juventude para as carreiras científicas e tecnológicas. “É uma questão estratégica para o Brasil e para a inserção soberana do Brasil no mundo”, completou.
Parcerias Estratégicas entre MCTI e MEC
As colaborações entre os dois ministérios, firmadas durante a 21ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, visam fortalecer o vínculo entre Institutos Federais, universidades e escolas públicas, com iniciativas como a educação midiática nas escolas conectadas, promoção de olimpíadas científicas e feiras de ciências em centenas de municípios e ações no âmbito do Plano Brasileiro de Inteligência Artificial.
“Foram lançados agora em novembro dois editais, totalizando um investimento de R$ 40 milhões. São editais para a realização de feiras de ciências municipais, estaduais e nacionais e para a realização de olimpíadas científicas, que estão abertos na página do CNPq e esperam receber propostas de todos os professores e professoras aqui participantes”, enfatizou Luciana Santos.
O MCTI também promove o Programa Mais Ciência na Escola, que vai ter diversas redes estaduais de laboratórios makers lideradas por institutos federais, contemplando, ao todo, mais de 2 mil escolas, 20 mil estudantes com bolsas de Iniciação Científica Júnior e 2 mil professores da educação básica, além de bolsas para coordenadores de redes, muitas delas para professores de IFs.
“Os Institutos Federais de Educação tiveram uma participação fundamental neste edital e contribuirão para que o Programa Mais Ciência na Escola chegue a municípios do interior, onde a ciência vai se combinar com a necessidade de inclusão e de abertura de oportunidades”, disse a ministra.
Luciana Santos completou que a conexão entre Institutos Federais e Centros e Museus de Ciência também será fortalecida, no âmbito do patrimônio científico e cultural, como previsto pelo Programa Nacional de Popularização da Ciência, o Pop Ciência.
“Está em andamento um edital histórico, operado pela Finep, para a preservação da memória histórico-cultural, por meio do qual Museus de Ciência, bibliotecas, arquivos e coleções científicas vão receber investimentos de 500 milhões para a infraestrutura, digitalização e conservação do acervo. Isso permitirá que esses bens possam estar à disposição de pesquisadores, professores e estudantes, num ciclo virtuoso de cooperação”.
Rede Federal e o Ensino Técnico
A solenidade também homenageou os 115 anos da Rede Federal de Educação, Científica e Tecnológica. O ministro Camilo Santana ressaltou a importância da ampliação do acesso aos Institutos Federais para mais jovens. “Os IFs têm uma estratégia importante para esta ampliação em todo o país que compõe várias redes. Tem redes vinculadas às universidades, tem redes vinculadas aos municípios e aos Estados”, disse o ministro da Educação.
Camilo ainda recordou que no ano passado foi realizada uma pesquisa que apontava que 80% dos alunos do ensino médio do país querem um Ensino Médio concomitante ou integrado ao ensino técnico. “Vamos regulamentar agora a Política Nacional da Educação Tecnológica e Profissional para o país, e um dos pontos importantes dessa política é permitir o aproveitamento das disciplinas dos alunos que fazem o Ensino Médio para a universidade”
Fonte: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação
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