(*)
Percival Puggina
Os
porta-vozes do lulopetismo apregoarem que os péssimos resultados das eleições
municipais nada têm a ver com o pleito nacional de 2026 é razão mais do que
suficiente para entendermos o contrário. O grupo político que governa o país de
modo cada vez menos compreensível nunca diz o que pensa. Sempre que se
manifesta, conta uma narrativa montada em laboratório. Quando seus líderes
afirmam: “Esses números de agora nada representam para 2026”, estão, na
verdade, contando contos para burros tontos.
Mesmo
com a força das redes sociais drasticamente reduzida pelas canetas do poder e
pelo esquerdismo voluntário das plataformas, a maior força política brasileira
não é a direita, mas o antipetismo onde a direita se inclui. É ele que agrega a
direita e boa parte do centro do arco ideológico. Não estou falando do Centrão,
esse grupo de siglas ocas e balofas que envergonham a simples ideia sobre o que
seja partido político. Verdadeiras colchas de retalhos, elas parecem
caleidoscópios sensíveis aos interesses de cada dia. São uma conversa contínua
e nada meritória entre meios e fins. Corrijo-me: sobre meios sem fim. Quem vive
de emendas não se emenda nem se recomenda.
Quando
falo do centro do arco ideológico, penso principalmente nos cidadãos que sabem
o que não querem (a esquerda, seus métodos e objetivos), mas não receberam
informação suficiente e fundamentada sobre os meios para livrar o Brasil de
seus males atuais. Por isso, dediquei um quarto de século de minha atividade
partidária aqui no Rio Grande do Sul à formação de lideranças jovens que hoje
exercem papel relevante na vida municipal, estadual e nacional. Partido que não
faça isso é cartório, clube, lojinha. Tudo, menos partido político. Fora da
vida partidária desde 2013, cuido disso sempre que sento para escrever.
O
antipetismo está em posição amplamente favorável para 2026 porque os dois
primeiros anos do lulismo foram abundantes para reforçar sua rejeição pelos
eleitores que, como admitiu Lula penitente – “ganham mais de dois salários mínimos
e não querem mais votar na gente”. Até hoje, foi amplo o mostruário dos
defeitos.
De
um lado: incapacidade administrativa, uso sistemático dos recursos dos cidadãos
para comprar apoio parlamentar, arcabouço fiscal perdulário para gastar
dinheiro que não existe, perda de poder aquisitivo dos salários, aparelhamento
da administração pública.
De
outro, a máquina petista apoia e celebra a complacência do Congresso perante os
já longos anos de sujeição da sociedade à crescente juristocracia e à perda de
direitos fundamentais, censura, prisões políticas e exílio.
De
outro ainda, foram anos de nanismo à dimensão internacional do Brasil, com
persistentes apoios ao terrorismo, ditaduras, antissemitismo e à escória da
política mundial.
Chavões
e xingamentos, incongruências e narrativas, políticas de cancelamento da
divergência e auto louvações já não resolvem o problema da esquerda.
(*)
Arquiteto, empresário, escritor, titular do site Liberais e Conservadores,
colunista de dezenas de jornais e sites no país. Membro da Academia
Rio-Grandense de Letras. Escreve, semanalmente, artigos para vários jornais do
Rio Grande do Sul, entre eles Zero Hora, além de escrever o seu próprio blog e
em outros websites de expressão nacional, a exemplo do Mídia Sem Máscara,
Diário do Poder, Tribuna da Internet. Sua coluna é reproduzida por mais de uma
centena de jornais.
Não deixe de curtir nossa página Facebook e também Instagram para mais notícias do Blog do professor TM
AVISO: Os comentários são de responsabilidade dos autores e não representam a opinião do Blog do professor Taciano Medrado. Qualquer reclamação ou reparação é de inteira responsabilidade do comentador. É vetada a postagem de conteúdos que violem a lei e/ ou direitos de terceiros. Comentários postados que não respeitem os critérios serão excluídos sem prévio aviso.


Postar um comentário