A
Starlink, empresa de internet por satélite pertencente a Elon Musk, comunicou à
Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) que não cumprirá a ordem do
ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de suspender o
acesso dos seus usuários à rede social X (antigo Twitter). Segundo a empresa, a
decisão só será cumprida após a liberação das contas da Starlink, que foram congeladas
por determinação judicial na última semana. O presidente da Anatel, Carlos
Baigorri, informou à TV Globo que a empresa condiciona o bloqueio do X à
liberação dos seus recursos financeiros. “A Starlink não irá bloquear o acesso
ao X enquanto não forem liberados os recursos bloqueados pela Justiça
associados à empresa”, declarou Baigorri.
Reação
do STF e possíveis sanções
Diante
da postura da Starlink, Baigorri afirmou que já notificou o STF sobre o caso,
para que o ministro Alexandre de Moraes tome as medidas cabíveis. O presidente
da Anatel destacou que, se confirmado o descumprimento deliberado da decisão
judicial, a sanção máxima prevista seria a cassação da outorga da Starlink,
impedindo a empresa de prestar serviços de telecomunicações no Brasil.
Para
se ter ideia do tamanho da “resistência”, a Starlink detém apenas 0,4% do total
de acessos de banda larga no Brasil.
Contexto
da suspensão do X
A
suspensão do X/Twitter no Brasil foi determinada por Alexandre de Moraes na
última sexta-feira (30/8), após a rede social não cumprir ordens judiciais, não
pagar multas impostas pelo STF e fechar o escritório da empresa no Brasil,
deixando-a sem um representante legal no país – o que é ilegal. Desde então, a
maioria das operadoras de telecomunicações no Brasil já bloqueou o acesso à
plataforma.
Moraes
também ordenou o bloqueio das contas da Starlink, considerando que a empresa e
o X operam como parte de um mesmo grupo econômico controlado por Elon Musk,
para pagar as multas devidas do X/Twitter, que chegam a mais de R$ 18 milhões.
Em
resposta, Elon Musk se manifestou no X, afirmando que a Starlink e o X são
empresas diferentes e que a decisão do ministro afeta injustamente outros
acionistas e o povo brasileiro. Ele classificou a decisão de Moraes como “absolutamente
ilegal” e chamou o ministro de “ditador”.
Fonte: Pipoca Moderna
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