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A oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já tem data e hora para protocolar o pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Em um ato no Senado, que vai ocorrer às 16 horas da próxima segunda-feira, 9, os parlamentares vão defender a cassação do magistrado e exigir um posicionamento do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
De acordo com parlamentares da oposição ouvidos pelo Estadão, a obstrução das pautas do Senado é uma alternativa a ser usada caso Pacheco não coloque o pedido de impeachment para votação. Caso isso ocorra, o movimento pode afetar a sabatina e a votação do economista Gabriel Galípolo, indicado por Lula para comandar o Banco Central (BC). De acordo com parlamentares da oposição ouvidos pelo Estadão, a obstrução das pautas do Senado é uma alternativa a ser usada caso Pacheco não coloque o pedido de impeachment para votação.
Caso isso ocorra, o movimento pode afetar a sabatina e a votação do economista Gabriel Galípolo, indicado por Lula para comandar o Banco Central (BC).
O governo quer que Galípolo seja sabatinado na próxima terça-feira, 10, pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Há expectativa que a indicação seja votada pelo plenário do Senado no mesmo dia. A maioria da CAE é formada por parlamentares de oposição.
A apresentação do pedido de impeachment será feita dois dias após o ato, convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que vai ocorrer na Avenida Paulista no feriado de 7 de Setembro. Um dos temas centrais da manifestação é justamente o afastamento do ministro do Supremo.
Nos últimos dias, os
parlamentares bolsonaristas subiram o tom na defesa do impeachment do
magistrado. Apesar disso, o entorno de Pacheco continua rechaçando
qualquer possibilidade de colocar o pedido de cassação em pauta.
A oposição planejava
apresentar o pedido desde o início do mês passado, quando foram divulgadas
mensagens de assessores de Moraes que mostraram que o ministro usou aparato
do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), fora do rito
tradicional de solicitação de serviços, para embasar decisões contra
aliados de Bolsonaro. A pressão sobre Moraes aumentou na semana passada,
após a crise entre o ministro e o bilionário Elon
Musk, que culminou na suspensão do X (antigo Twitter) na sexta-feira,
30.
Parlamentares da oposição
ouvidos pelo Estadão afirmaram que o pedido de impeachment também
será embasado com críticas a decisões de Moraes no inquérito dos atos golpistas
de 8 de Janeiro. Um dos pontos será a morte de Cleriston Pereira da Cunha,
preso pelos ataques que morreu na Penitenciária da Papuda em novembro e que
tinha um parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR) favorável à
soltura dele.
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