Avião que caiu em Vinhedo, SP, ficou destruído — Foto: SSP-SP
A
transcrição do áudio da caixa-preta mostra que, ao perceber que o avião estava
perdendo sustentação, o copiloto Humberto de Campos Alencar e Silva perguntou o
que estava acontecendo, e disse que era preciso "dar potência" – uma
tentativa de estabilizar a aeronave e impedir a queda, o que, infelizmente, não
foi possível.
O
tempo entre a constatação da perda de altitude e o choque do avião contra o
solo durou cerca de um minuto. Neste tempo, de acordo com os investigadores, o
áudio registra que a tripulação tentou reagir. A gravação é finalizada com
gritos e com o estrondo do choque da aeronave contra o chão.
O
ATR 72-500 tem as hélices da parte de cima da fuselagem, muito próximas da
cabine de comando. O que, segundo investigadores, provocou muito barulho e
aumentou a dificuldade para compreender os diálogos gravados.
Mesmo
assim, os técnicos não identificaram sons característicos de alertas que
poderiam "guiar" a investigação sobre as causas: o alarme de presença
de fogo, de falha elétrica ou de pane no motor, por exemplo.
Os
dados da caixa-preta, nessa primeira avaliação, ainda não permitem confirmar ou
descartar a principal hipótese levantada pelos especialistas nos últimos dias:
a de que o avião teria caído em razão da formação de gelo nas asas, seguida de
uma perda de estabilidade.
A
confirmação da causa do acidente vai depender da análise de mais registros das
caixas-pretas – e da combinação de todas essas informações. O relatório
preliminar sobre o caso deve ficar pronto em 30 dias.
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