Não, os atletas olímpicos não precisam pedir dinheiro emprestado a você

 


(*) Bruno César 


Com o início das Olimpíadas, voltou à tona um golpe antigo, outrora praticado, usando o nome de artistas como cantores e atores, para extorquir dinheiro de pessoas que acreditavam estar ajudando alguém famoso.


O golpe consiste no envio de uma mensagem SMS para uma pessoa, dizendo ser de um determinado atleta, geralmente em evidência na disputa por medalhas.


A mensagem afirma que o WhatsApp do atleta foi clonado e que ele precisa de um determinado valor para pagar um técnico que resolverá o problema. Como o atleta está na França, onde não há PIX, ele pede que a pessoa faça o PIX ao suposto técnico e promete devolver o valor “emprestado” quando retornar ao Brasil, alegando que receberá recursos da Lei Rouanet.


Há alguns pontos a considerar nessa abordagem.


Primeiro, um atleta não pedirá dinheiro a uma pessoa que ele sequer conhece. Pense um pouco! O atleta não embarcará para outro país para disputar os Jogos Olímpicos ou qualquer outra competição, deixando pendências para trás, especialmente um telefone celular em manutenção.


Se ocorrer qualquer problema com o atleta durante os jogos, há uma delegação inteira à disposição para oferecer diversos tipos de auxílio. Se houver qualquer problema com o dispositivo móvel do atleta, certamente haverá alguém disponível para ajudar.


Se o atleta necessitar de recursos financeiros por qualquer motivo, ele terá acesso rápido aos seus patrocinadores e até mesmo ao Comitê Olímpico. Ele não precisará recorrer a um desconhecido para obter suporte.


Outro ponto importante é que os atletas recebem educação e têm assessoria para ajudá-los.


Além de não precisarem da sua ajuda e terem todo o suporte disponível, se precisarem enviar uma mensagem de texto para alguém, não cometerão erros de ortografia, e muito menos errarão o nome da Lei Rouanet.


Portanto, fique atento!


Ao receber qualquer mensagem desse tipo, simplesmente ignore. Não interaja, bloqueie o número e a mensagem recebida e, sobretudo, nunca realize qualquer transação financeira em resposta a essas solicitações.


É um clássico exemplo de engenharia social. Não seja mais um a financiar o crime organizado. Fique alerta.


(*) Bruno César Teixeira de Oliveira, com uma carreira sólida na gestão de riscos, compliance e prevenção a fraudes em instituições financeiras e colunista do site O Boletim.



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