Mais de 100 presos, 12 mortos: a escalada de tensão nos protestos na Venezuela

 


Protestos tomaram as ruas de Caracas e de outras cidades na Venezuela desde que os resultados oficiais das eleições foram anunciados no país.


No domingo (28/7), a CNE (Conselho Nacional Eleitoral) afirmou que Nicolás Maduro venceu o opositor Edmundo González Urrutia com 51% dos votos, mas não apresentou os boletins das urnas para corroborar os dados.


González - que estava muitos pontos à frente de Maduro em pesquisas de opinião anteriores ao pleito - e o resto da oposição acusam o governo de manipular os resultados. Segundo a oposição, cópias de 84% dos boletins apontam para uma vitória de González.


Apesar da contestação interna e de pressões internacionais, o governo não divulgou os boletins de urna até quarta (31/7) e tem reprimido os protestos. O órgão eleitoral atribuiu a demora na divulgação dos resultados a um suposto ataque de hackers.


Com isso, desde domingo, a tensão apenas aumenta no país.


A organização Observatório Venezuelano de Conflitos Sociais contabilizou mais de 300 manifestações em todo o país desde domingo. Destes, ao menos 115 foram reprimidos violentamente em 20 dos 23 estados, segundo a organização.


Nesta quarta (31/7), o número de mortes causadas pela repressão aos protestos chegou a 12, segundo as ONGs Fórum Penal; Justiça, Encontro e Perdão e Laboratório de Paz.


Além das mortes, há relatos de centenas de pessoas presas - entre elas o líder do partido Vontade Popular, Freddy Superlano.


A política María Corina Machado, eleita como candidata da oposição nas primárias, mas posteriormente desqualificada para concorrer, publicou na quarta na rede social X que houve ao menos 177 prisões arbitrárias, 11 desaparecimentos e ao menos 16 homicídios nas últimas 48 horas.


O Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Türk, disse estar "alarmado com relatos do uso desproporcional da força por parte dos responsáveis ​​pela aplicação da lei" no país.


A missão internacional independente de investigação sobre a Venezuela, encarregada de investigar alegações de crimes contra a humanidade durante o governo Maduro, expressou "profunda preocupação com a violência e alegações de violações dos direitos humanos registradas no país após as eleições presidenciais".


BBC News

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