Cerca
de 35% da população mundial sofre de doenças alérgicas respiratórias, segundo a
Organização Mundial de Saúde (OMS). A Semana Mundial da Alergia, celebrada
entre os dias 18 e 24 de junho, visa conscientizar a população sobre os
sintomas, prevenção e tratamento dessas condições que afetam o sistema
imunológico e são bastante comuns entre os brasileiros. As alergias mais
frequentes incluem a rinite alérgica e a asma.
O
diagnóstico de alergias requer uma análise detalhada da história clínica do
paciente. É essencial que o indivíduo informe ao especialista sobre seu
ambiente de vida e trabalho, exposição a animais, fatores desencadeantes dos
sintomas, características das crises e antecedentes familiares de alergias. Os
métodos de diagnóstico padrão incluem testes cutâneos, determinação de IgE
específico (RAST) e testes de provocação, quando indicados.
"O
tratamento das alergias é baseado na identificação dos fatores
desencadeantes", explica Luiz Werber Bandeira, imunologista e docente do
Instituto de Educação Médica (IDOMED). "Realizamos diversos exames e
testes que são considerados padrão ouro na investigação de um quadro
alérgico."
Bandeira
destaca que os tipos mais comuns de alergia são a asma alérgica, rinite
alérgica, dermatite atópica e urticária. As variações climáticas, especialmente
as baixas temperaturas e o uso de roupas guardadas por longos períodos, que
podem conter ácaros e mofo, são fatores que agravam os sintomas alérgicos.
"É fundamental lavar essas roupas antes de usá-las e manter os ambientes
bem arejados para evitar a proliferação de mofo," orienta o especialista.
As
doenças alérgicas têm um componente genético significativo, ocorrendo
frequentemente em famílias. "Um filho de um pai alérgico tem 30% de
probabilidade de também ser alérgico, e essa chance aumenta para 50% se ambos
os pais forem alérgicos," explica Bandeira.
Além
disso, Bandeira alerta que a incidência de doenças alérgicas está aumentando
globalmente, especialmente em centros urbanos, devido à poluição e à perda de
biodiversidade. "É crucial que o diagnóstico e o tratamento sejam
realizados logo nos primeiros sintomas para evitar a cronicidade e o
agravamento das condições alérgicas," enfatiza o imunologista.
A
conscientização e o tratamento precoce são as chaves para melhorar a qualidade
de vida das pessoas afetadas por alergias. Durante a Semana Mundial da Alergia,
especialistas reforçam a importância de estar atento aos sintomas e buscar
orientação médica adequada, contribuindo para um manejo mais eficaz dessas condições
que impactam a saúde de milhões de pessoas ao redor do mundo.
Fonte: Edusaude
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