Em
entrevista à CNN, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar
Mendes avaliou como “muito difícil” uma possível reversão da inelegibilidade do
ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Vamos
aguardar, obviamente, a deliberação do Tribunal, mas tudo tende a manter a
decisão que já foi tomada pelo TSE [Tribunal Superior Eleitoral]. Essa tem sido
a rotina em casos semelhantes”, afirmou o magistrado em entrevista ao
programa CNN Radar Internacional, da CNN Portugal.
Bolsonaro
e seu companheiro de chapa na eleição de 2022, o general da reserva Walter
Braga Netto, foram condenados pelo TSE em outubro de 2023 por
abuso de poder político e econômico durante as cerimônias do Bicentenário da
Independência, em 2022.
Meses
antes, o TSE já havia condenado Bolsonaro em outra ação, tornando-se
inelegível por oito anos, devido a ataques sem provas ao sistema eleitoral
durante uma reunião com embaixadores, em meio à campanha eleitoral.
Em
maio deste ano, a Corte eleitoral rejeitou
um recurso extraordinário da defesa de Bolsonaro contra sua
inelegibilidade pelo caso do Bicentenário da Independência. O mecanismo
funciona como uma prévia para o ingresso de uma ação no TSE.
Antes,
em dezembro, a defesa do ex-presidente, após receber a mesma negativa do
TSE, já
havia entrado com recurso no Supremo, mas pelo caso da reunião com os
embaixadores. A ação tem na Corte a relatoria de Luiz Fux.
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