Com
foco em atrair pequenos e médios produtores para as Rotas de Integração
Nacional, o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR)
lançou, neste sábado (15), a nova campanha publicitária do programa em Macapá
(AP).
A
campanha, que será veiculada em todos os estados da Região Norte, busca
difundir informações sobre as Rotas de Integração Nacional na Amazônia e, com
isso, promover geração de empregos com baixa emissão de carbono e redução da
desigualdade entre as regiões do Brasil.
A
Amazônia foi escolhida devido à importância estratégica e à rica
biodiversidade. Desenvolver cadeias produtivas locais gera empregos com baixa
emissão de carbono. Além disso, tem indicadores socioeconômicos inferiores aos
das demais regiões do país, o que demanda ações específicas para reduzir a
desigualdade regional.
Essa
é a primeira vez que o Brasil faz uma campanha de divulgação das Rotas de
Integração Nacional na Amazônia. “O programa está acontecendo e vai ganhar mais
visibilidade com a divulgação dessa campanha publicitária nos blogs, rádios,
televisões e jornais. O que nós queremos é dar essa visibilidade mesmo e
aproveitar esse momento”, afirmou o ministro Waldez Góes.
No
evento, o ministro também destacou a importância das rotas. “O programa é uma
chance única para nós, da Amazônia, nos incluirmos nos processos e nas
oportunidades que tanto o Brasil, quanto o mundo estão proporcionando. O
Brasil, sob a liderança do presidente Lula, está abrindo novos mercados,
gerando mais confiança para o investidor local e internacional e, diante disso,
a Amazônia e o Amapá não podem continuar, de certa forma, vivendo nos
indicadores mais desfavoráveis em termos econômicos e sociais”, disse.
O
ministro Waldez ressaltou, ainda, como resolver essa questão. “Primeiro, com um
planejamento bem estruturado, feito pelo presidente Lula, com o Plano
Plurianual (PPA), Rotas de Integração Sul-americana e a Política Nacional de
Desenvolvimento Regional. Depois, com os programas executivos, como o
Desenvolve Amazônia. O Rotas de Integração Nacional é um dos principais
programas desse projeto porque estrutura as cadeias produtivas locais em uma
visão tanto de desenvolvimento do mercado local, quanto nacional e
internacional”, explicouA secretária nacional de Políticas de Desenvolvimento
Regional e Territorial, Adriana Melo, reforçou que o programa Rotas de
Integração Nacional é a principal estratégia de desenvolvimento produtivo da
Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR). “Essa política tem como
objetivo reduzir as desigualdades sociais e econômicas do nosso país a partir
de estratégias que vão desde a articulação de diversos setores, como a educação
profissional, infraestrutura, acesso a serviços, fortalecimento de capacidades
governativas dos entes federados, até a estruturação produtiva. Nós entendemos
que o desenvolvimento produtivo é a alavanca de transformação dos territórios e
tem a capacidade de reverter quadros de desigualdades regionais”, completou.
Também
no evento, o vice-governador do Amapá, Antônio Teles Júnior, parabenizou a
iniciativa do Governo Federal de priorizar as cadeias produtivas da Amazônia.
Produtor
beneficiado pela Rota do Pescado, o pescador Jonas Monteiro diz que se sente
acolhido pelo programa. “Toda ajuda para a pesca é bem-vinda porque ajuda a sustentar
a minha família”, afirmou.
Dez
anos do programa
O
programa Rotas de Integração Nacional completa dez anos e, depois de muito
êxito na criação do polo de frutas no Vale do São Francisco, no Nordeste
brasileiro, busca desenvolver e ampliar cadeias produtivas na Amazônia.
Até
o momento, foram investidos mais de R$ 79 milhões por todo o país. O incentivo
é voltado a pequenos e médios produtores familiares, que são organizados em
associações e cooperativas. A partir daí, recebem treinamento, assistência técnica
e financiamento. O resultado é que pequenos arranjos locais se avolumam a ponto
de se transformarem em agroindústrias exportadoras.
Em
2023, as Rotas de Integração Nacional alocaram cerca de R$ 30 milhões para
todas as regiões. Dessa quantia, 60% foram destinados à Amazônia em 15 novos
projetos, beneficiando diretamente 64 mil famílias produtoras por meio de ações
de certificação, assistência técnica, aquisição de insumos, equipamentos e
implantação de agroindústria.
Mais
de R$ 18 milhões foram investidos em pesquisa, inovação e processamento do
cacau, desenvolvimento sustentável e profissionalização da cadeia produtiva na
Rota do Açaí, e criação e certificação dos produtos da Rota do Pescado.
13
rotas
Atualmente,
o programa conta com 13 rotas: do Açaí; da Avicultura Caipira; da
Biodiversidade; do Cacau; do Cordeiro; da Economia Circular; da Fruticultura;
do Leite; da Mandioca; do Mel; da Moda; do Pescado; e da Tecnologia da
Informação e Comunicação (TIC). Duas delas (da Avicultura Caipira e da Mandioca)
foram lançadas no ano passado.
Na
Região Norte, são cinco rotas, distribuídas em 11 polos:
Rota
do Açaí: quatro polos (três no Pará e um no Amapá);
Rota
da Biodiversidade: dois polos (um no Amazonas e um no Amapá);
Rota
do Cacau: dois polos (um no Acre e um no Pará);
Rota
do Mel: um polo no Pará;
Rota
do Pescado: dois polos (um no Acre e um no Amapá).
Política
de financiamento
O
arranjo dos polos e a criação das rotas é o passo inicial de uma ambiciosa
estratégia de desenvolvimento para a Amazônia. Depois que os pequenos
produtores se organizam em associações e cooperativas, o MIDR atua para
facilitar o acesso a linhas de crédito com o objetivo de expandir os negócios.
Para isso, preparou o orçamento do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO). Não apenas o tamanho do FNO cresceu de R$ 9 bilhões em 2023 para R$ 14 bilhões neste ano, quanto a fatia destinada à bioeconomia e à agricultura familiar saiu de menos de R$ 20 milhões no ano passado para, pelo menos, R$ 2,8 bilhões em 2024.
Fonte: Brasil 61, com informações do MIDR
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