(*)
JR Guzzo
Governar,
para Lula, é falar. É também para outras coisas, nenhuma delas boa, pelos
resultados que o seu governo conseguiu até agora. Mas isso é fruto direto da
sua intolerância ao trabalho, da inépcia de quem não quis aprender nada na vida
e das ideias mortas que juntou na cabeça. Quando quer agir como presidente e
líder, ele fala – em vez de fazer, pega um microfone, sai andando de um lado
para outro e desata a falar.
Nunca
diz nada de útil. Nunca ajuda o país em nada. Nunca deixa de pôr para fora os
seus estoques de rancor, nem de insultar alguém. Mais do que tudo, quando fala,
deixa claro a que ponto chegou a sua deformação como homem público e como ser
humano. Não há precedentes, na história política do Brasil, da arrogância em
modo extremo do atual presidente, nem da estupidez das coisas que diz.
Lula
nunca diz nada de útil. Nunca ajuda o país em nada. Nunca deixa de pôr para
fora os seus estoques de rancor, nem de insultar alguém.
“Se
for necessário ser candidato para evitar que evitar que os trogloditas que
governaram esse país voltem a governar, podem estar certos de que meus 80 anos
virarão 40 e eu posso ser candidato”, disse ele. “Não vou permitir que esse
país volte a ser governado por um fascista”. Está tudo errado com o
destampatório não solicitado de Lula. Em primeiro lugar e como sempre, ele diz
uma mentira.
Que
negócio é esse de “se for necessário”. Necessário? Lula é o exato oposto do
necessário. Ninguém está precisando dele para nada. O que há, na vida real, é a
sua obsessão em continuar presidente – se possível para o resto da vida. Além
disso, ele faz uma ofensa maciça e grosseira ao povo do Brasil: chama de
trogloditas os milhões de eleitores que elegeram Jair Bolsonaro em 2018, e
votaram de novo nele em 2022. Enfim, diz que ele “não vai permitir” que os
adversários ganhem a próxima eleição. É assim que Lula enxerga a si próprio
hoje em dia: como alguém que tem o direito de “permitir” ou de “proibir” a
escolha dos eleitores. É um disparate.
Lula,
já com um ano e meio de governo e um triplo zero em matéria de realizações,
está num período especialmente ruim como animador de palanque. Disse que bebês
nascidos de estupro são “monstros” – uma demonstração de falta de piedade que
ficaria mal no regime nazista. Numa cerimônia da Petrobras, disse que o fato
dele estar presente era “a prova” de que “Deus existe”.
Já
foi capaz de dizer que o Brasil tem de fazer “uma Inteligência Artificial
brasileira”, porque não precisa de ideias estrangeiras; quer que “os nossos
cientistas” também criem um Starlink para competir com Elon Musk, que colocou
na sua lista de extermínio. Nada disso leva o Brasil um milímetro para a
frente, claro. É apenas um atestado de que não há ninguém, no momento,
exercendo a Presidência da República.
Fonte: Gazeta
do Povo
(*) José Roberto Guzzo, mais conhecido como J.R.
Guzzo, é um jornalista brasileiro, colunista dos jornais O Estado de São Paulo,
Gazeta do Povo e da Revista Oeste, publicação da qual integra também o conselho
editorial.
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