Um
levantamento da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) mostra que o impacto
causado pelas chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul nos últimos dias
resultou em perdas expressivas no campo. O setor está entre os mais afetados
pelos temporais. Até o momento, foram contabilizados R$ 435 milhões em
prejuízos. Segundo a CNM, os valores são parciais e estão sendo alterados pelos
gestores locais à medida que o nível da água continue a baixar.
A
pecuária (R$ 134,7 milhões), a indústria (R$ 92 milhões), os comércios locais
(R$ 37,5 milhões) e demais serviços (R$ 52,2 milhões) também estão na lista dos
setores com grandes prejuízos nas produções.
O
secretário de desenvolvimento regional do Rio Grande do Sul, Beto Fantinel, diz
que está intensificando os trabalhos para que os municípios busquem receber os
recursos no menor tempo possível.
“Nós
estamos discutindo com o Ministério do Desenvolvimento Social a Portaria 90,
que é um mecanismo ágil e rápido de acionamento, que repassa 20 mil reais a
cada 50 pessoas que necessitam de abrigamento. Então, os municípios preenchem
um documento, a gente fez toda uma simplificação, um modelo de ofício para que a
gente possa fazer com agilidade”, explica.
Com
o decreto de calamidade, o secretário lembra que os municípios podem procurar o
mais rápido possível resolver a situação. “Esses municípios só precisam
encaminhar os documentos e eles vão começar a receber o auxílio abrigamento”,
reforça.
Municípios
prejudicados
De
acordo com a CNM, os números assustam. Ao todo, são 388 municípios afetados,
segundo a Defesa Civil Estadual. Destes, 336 foram reconhecidos pelos governos
estadual e federal em Estado de Calamidade Pública, por rito sumário, dos quais
159 registraram os decretos no S2iD.
É
importante ressaltar que a maior parte dos municípios que registraram seus
decretos de anormalidade no S2iD, do MIDR, começaram a informar os valores dos
danos e prejuízos, uma vez que em algumas localidades os níveis da água já
começaram a baixar.
Na
última atualização da Defesa Civil estadual, já foram registrados 90
mortos; 470 desaparecidos; 48 mil desabrigados; 283,7 mil
desalojados; 361 feridos e 1,4 milhão gaúchos afetados. Cruzeiro do Sul,
Bento Gonçalves, Santa Maria e Lajeados têm contabilizado o maior número de
óbitos confirmados.
Fonte: Brasil 61
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