Após
ter sido demitida, uma funcionária que trabalhava na casa de Caetano
Veloso e Paula
Lavigne pede R$ 2,6 milhões de indenização na Justiça.
Edna Santos foi governanta do casal por 22 anos, e foi acusada de furto de
bebidas, hospedagem clandestina na casa dos patrões e uso para fins pessoais de
um veículo do músico antes de ser dispensada. À Justiça, a ex-funcionária
rechaça as acusações.
As
informações foram divulgadas pelo colunista Sérgio Quintella, da Veja SP. Edna
trabalhava com o casal desde 2002. No processo, a defesa da mulher afirma que
Caetano e Paula terão que provar as acusações que resultaram em demissão por
justa causa.
"Os
réus deverão indenizar Edna pelas violações aos direitos de sua personalidade,
tais como a honra, a intimidade e a imagem, matéria que será abordada em ação
própria", afirma a defesa no processo.
Edna
recebia R$4,8 mil mensais -- sendo R$ 2 mil deles "por fora". Por
isso, ela cobra R$ 2,6 milhões de indenização, divididos entre adicional
noturno, acúmulo de funções, horas extras, incorporação de remuneração, entre
outros.
A defesa também pede ressarcimento por um aparelho telefônico que foi supostamente confiscado por Paula Lavigne três dias antes da demissão.
"No
aparelho se encontram documentos particulares (arquivos de áudio, imagens,
registros de conversas em aplicativos de mensagens, etc) que, caso venham aos
autos, poderão, ao menos tese, comprovar a jornada de trabalho excessiva
praticada, o regime de sobreaviso, o acúmulo de funções e o assédio moral
praticado pela ré em desfavor da reclamante, além de elementos que poderão
descaracterizar a justa causa aplicada pelos réus", alega.
Em
outra ação, a funcionária afirma que morava em um apartamento do casal com os
filhos, sem custos. Por conta da demissão, ela foi avisada pelo celular do
filho que precisaria desocupar a residência imediatamente.
Depois,
ela teve a chance de ficar no apartamento por 30 dias. Paula solicitou que uma
arquiteta avaliasse o imóvel, mas a defesa pediu para que a solicitação fosse
negada.
“A
primeira ré (Paula) é uma pessoa bastante instável, por assim dizer, dada a
rompantes que podem resultar no confisco de um bem alheio, como ocorreu com o
telefone celular, conforme já se narrou, ou até mesmo na expulsão sumária da
reclamante do imóvel, ameaça que já fora dirigida à reclamante anteriormente",
afirmam os advogados.
O
pedido foi concedido pela juíza Livia dos Santos Vardiero Crespo, da 28°
Vara do Trabalho do Rio de Janeiro. Tanto Paula quanto Caetano não podem entrar
na residência da funcionária pelo período de 30 dias e não podem solicitar que
ela deixe o local.
Em
nota publicada nas redes sociais, a defesa de Edna Santos alega que ela passou
por anos de abuso psicológico. "Edna é uma mulher periférica e de origem
humilde, não tem influência cultural e política como
a parte adversa. Em razão disso, fazemos esclarecimentos para que não se dê a
entender que Edna teria furtado qualquer coisa nos 22 anos em que trabalhou na
casa de Paula Lavigne e Caetano Veloso", inicia a advogada.
"Edna
é, na verdade, vítima de Paula Lavigne. Durante os 22 anos em que trabalhou na
residência do casal, Edna foi submetida a um padrão sistemático de abusos
psicológicos e morais, fatos que ainda serão levados ao conhecimento do
Judiciário Trabalhista em momento oportuno", afirma.
A
defesa também nega que Edna tenha furtado dólares da casa de ambos, algo que
ainda está sob investigação. "Na tentativa de provar sua inocência, Edna
entregou para Paula, no âmbito da investigação privada que ela iniciou,
extratos bancários dos últimos 7 anos para demonstrar que todo o dinheiro que
tinha era fruto do seu trabalho", aponta.
A
defesa de Caetano e Paula, bem como a assessoria de imprensa do músico, ainda
não se posicionaram a respeito. O Notícias da TV deixa aberto o
espaço caso queiram se manifestar.
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