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A proposta oficial do governo para os servidores do Executivo federal, que visa aumentar os valores dos auxílios, ainda está em fase de negociação. Até o momento, esta é a única alternativa apresentada pelo governo para o ano de 2024, sem promessas de reajuste na remuneração do funcionalismo para este período. Enquanto isso, a categoria agendou uma mobilização nacional para a próxima quarta-feira (3/4).
As
entidades que representam os servidores demandam uma recomposição entre 7% e
10%, dependendo do acordo firmado pelas categorias.
No
ano passado, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI)
sugeriu para 2024 um aumento no auxílio-alimentação, de R$ 658 para R$ 1 mil;
no valor per capita referente ao auxílio-saúde, de R$ 144 para R$ 215; e no
auxílio-creche, de R$ 321 para R$ 484,90.
Em
fevereiro, o governo reafirmou a proposta de reajuste de 9% em duas parcelas
para os próximos dois anos, sendo a primeira a ser paga em maio de 2025 e a
segunda em maio de 2026.
“Com
essa proposta, somada aos 9% de aumento já concedidos no ano passado, os
servidores terão um reajuste acumulado de mais de 18% em quatro anos”, detalhou
o ministério em resposta a questionamentos feitos pela reportagem.
No
primeiro ano do terceiro governo de Lula (PT), foi concedido um reajuste linear
de 9%, após anos de congelamento. A proposta oficial para o segundo ano do
mandato petista é de reajuste zero, mas ainda existem ideias em discussão.
Uma
delas é um possível reajuste nominal, em vez de uma correção linear, aos
servidores do Executivo federal, o que significa que todos os servidores
receberiam o mesmo valor, mas com impactos diferentes.
O
governo vê nessa proposta uma forma de beneficiar aqueles com remunerações mais
baixas. Assim, por exemplo, se forem concedidos R$ 500 a mais no contracheque,
para professores universitários, isso pode representar 2% de reajuste, enquanto
que, para técnicos de educação, o valor pode chegar a 10% de correção.
Paralisação
em 3 de abril
O
Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe), que
representa os cargos do chamado “carreirão”, incluindo universidades federais e
áreas de saúde, convocou os afiliados para uma mobilização na próxima quarta-feira
(3/4).
O
Dia Nacional de Mobilização e Paralisação tem três objetivos principais:
Defender
o serviço público e a valorização dos servidores;
Manifestar
posição contra a proposta de reajuste zero para 2024, tendo em vista que os
servidores alegam sofrer perdas salariais de mais de 34% desde o governo Michel
Temer (MDB); e
Revogar
o que consideram “retrocessos”, que incluem portarias, instruções normativas,
decretos administrativos e outras ações do governo Jair Bolsonaro (PL) que
afetaram o funcionalismo.
Fonte: Portal Jetss
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