(*) Taciano Medrado
Todo brasileiro sabe que petista só serve para fazer
manifestação, criar bordão e fazer arruaça, mas em matéria de gestão, a incompetência
impera e são doutores. Não conheço uma prefeitura administrada pelo PT que não
quebrou ou está na iminência de quebrar. Com o Brasil não está sendo diferente.
E o rombo continua...
De
acordo com informações do site Brasil 61, foi com um déficit recorde — de R$
48,7 bilhões — que o governo federal fechou o mês de fevereiro em
relação às contas públicas. No saldo receitas menos despesas, o resultado
foi bem pior do que o alcançado em 2023, quando esse déficit ficou em R$
26,5 bi. O governo pôs na conta dos pagamentos de precatórios o valor
histórico — que arcou, no mês passado — com o pagamento de R$ 30,1
referentes a essas dívidas.
A
alta conta é do governo, mas a consequência quem sente é a população, como
explica o professor de economia da Universidade Católica de Brasília, Matheus
de Paiva. Ele ressalta que o déficit é um sinal vermelho de aumento da
necessidade de financiamento do setor público, já que “para fazer jus aos
gastos, é preciso aumentar o financiamento. ”
O governo pode se financiar de três maneiras: tributando mais, emitindo mais dívida ou desvalorizando a moeda. “Quem paga a conta é a população em qualquer um dos casos, se for tributo, vai pagar mais tributo — já está alto ajustado pela renda per capita e pelo IDH — se for dívida o governo vai pagar esses juros da dívida depois com tributos que ele vai tirar da população; e se for desvalorizar a moeda a população paga com inflação. Dependendo da magnitude dessa senhoriagem podemos voltar para o período pré-Plano Real, onde a gente vai para uma inflação descontrolada. ” De toda forma, avalia o economista, o preço quem paga é o contribuinte.
Dívida
acumulada em 12 meses
O
ano começou com superávit primário de R$ 53,5 bilhões — o que foi registrado
nos dois primeiros meses. Mas em 12 meses as contas acumularam déficit primário
de R$ 268,2 bilhões. Esse valor corresponde a 2,44% do Produto Interno Bruto
(PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. Para o
economista Luigi Mauri, o resultado mostra uma ineficiência do governo em não
cumprir a meta de déficit estabelecida no ano passado.
“Provavelmente
essa tendência de aumento do déficit — por consequência do aumento do déficit zero
— deve persistir até o final do ano já que esse governo parte de um pressuposto
de que se deve gastar mais para que se tenham benefícios sociais que afetam
positivamente a população. De um lado você tem maiores gastos, e de outro a
incapacidade do governo de aumentar a arrecadação.”
O
economista atribui o superávit de janeiro à aprovação do Projeto
de Lei 4173/23 que taxa as offshores — investimentos no exterior. Mas
os demais ganhos são pontuais e no geral o governo acumula mais derrotas do que
vitórias no Legislativo, com relação à possibilidade do aumento da
taxação.
Aumento da dívida
pública
A
meta de zerar o déficit é uma tentativa do governo federal de acalmar o mercado
financeiro, “à medida que a gente vai se endividando, o credor começa a se
preocupar com a capacidade de o devedor conseguir cumprir com seus
compromissos. E é isso que está acontecendo com a dívida pública hoje”, como
explica o economista e professor da FAAP, Sillas Sousa.
A
dívida pública fechou fevereiro em R$ 8,3 trilhões — uma alta de 0,4 ponto
percentual do PIB — saindo de 75,1% em janeiro para 75,5% do PIB em fevereiro.
É o patamar mais alto desde junho de 2022 – quando somou 75,6% do PIB.
(*)
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