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O
bilionário Elon Musk, dono do X (antigo Twitter), questionou a indicação do
"advogado pessoal" do presidente Lula (PT), Cristiano Zanin, ao
Supremo Tribunal Federal.
O
comentário segue a polêmica mais recente após Musk afirmar que irá descumprir
as determinações judiciais do ministro Alexandre de Moraes. Musk disse, em sua
própria rede social, que vai liberar o conteúdo dos perfis que Moraes decidiu
bloquear no país.
O
dono da rede social fez o comentário em uma postagem da página "The
Incorrupt", que provocou Musk sobre a nomeação do "advogado
pessoal" de Lula para o STF. O texto também cita que Zanin era "o
mesmo advogado que entrou com uma ação judicial durante as eleições para pedir
a suspensão de contas de mídia social de 67 pessoas identificadas como
apoiadoras de Bolsonaro, com a perda de seus direitos políticos".
Na
resposta, o bilionário questionou: "Seu advogado pessoal na Suprema
Corte?". A página "The Incorrupt" seguiu a conversa e acusou o
Congresso Nacional de "conveniência" com a indicação de Zanin.
"O sistema político/judiciário do Brasil transmite insegurança jurídica ao
mundo".
Mais
tarde, Musk respondeu ao comentário de outros usuários sobre o assunto e
classificou o caso como um "grande conflito de interesses. O dono do X
também criticou a indicação do ministro Flávio Dino ao STF após o deputado
federal Nikolas Ferreira (PL-MG) afirmar que ele era "antigo aliado do
partido comunista".
Cronologia
do caso-No domingo, Musk afirmou que iria publicar tudo o que foi exigido por
Moraes e que o ministro "deveria renunciar ou sofrer impeachment". A
ofensiva do empresário começou no sábado, 6, quando ele compartilhou
publicações do jornalista americano Michael Shellenberger que apontavam
supostas violações da liberdade de expressão no Brasil.
"Por
que é que o parlamento permite a @alexandre o poder de um ditador brutal? Eles
foram eleitos, ele não. Jogue-o fora", escreveu.
Desde
então, o bilionário tem feito acusações ao Supremo. Ele afirmou que Moraes
"aplicou multas pesadas, ameaçou prender nossos funcionários e cortou o
acesso do X no Brasil", e que iria "levantar todas as restrições
(impostas)".
Após
as ameaças de Musk, Moraes determinou a inclusão do empresário como investigado
no inquérito que apura a existência de milícias digitais antidemocráticas e seu
financiamento e a abertura de investigação por obstrução à Justiça, “inclusive
em organização criminosa e incitação ao crime”.
A
decisão de Moraes também fixou uma multa diária de R$ 100 mil por perfil, caso
a big tech desobedeça qualquer decisão do tribunal, inclusive a reativação de
perfil cujo bloqueio foi determinado pelo STF.
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