No
Brasil, há atualmente 575.930 médicos ativos, o que equivale a uma
proporção de 2,81 profissionais por cada mil habitantes. As informações são da
Demografia Médica CFM - Dados Oficiais sobre o Perfil dos Médicos Brasileiros
2024. Para o Conselho Federal de Medicina (CFM), o aumento foi motivado por
fatores como a ampliação do ensino médico e o aumento na procura por serviços
de saúde.
O
maior crescimento no número de médicos ocorreu entre 2022 e 2023, quando o
número foi de 538.095 para 572.960, representando um aumento de 6,5%.
Paulo
Bonilha, pediatra e sanitarista do Sistema Único de Saúde (SUS), afirma que
esse número deve ser comemorado, pois há cerca de 12 anos, o Brasil tinha
aproximadamente 1,2 médicos para cada mil habitantes.
“Isso
representa o maior acesso da população à médicos. É uma vitória de uma política
pública do Ministério da Saúde, o programa Mais Médicos, que investiu na
ampliação de faculdades de medicina. E o estímulo à vinda de médicos do
exterior, emergencialmente, para garantir a assistência à população
brasileira”, aponta o pediatra.
Apesar
do aumento de médicos no Brasil, Bonilha destaca que o número está distante da
recomendação da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE),
que é de 3,5 médicas para cada mil habitantes.
“O
Brasil vai atingir esse número por volta de 2030, só daqui 6 anos. Por
outro lado, atingindo essa meta recomendada, ainda tem outros desafios a serem
enfrentados, por exemplo, a qualidade desses profissionais”, explica.
Distribuição
De
acordo com o estudo, o aumento no número de médicos ao longo das últimas
décadas não foi acompanhado por uma distribuição igualitária em todo o país. O
Sudeste possui a maior densidade e proporção de médicos, com 3,76 profissionais
por mil habitantes e abriga 51% do total de médicos.
Por
outro lado, o Norte apresenta a menor proporção de médicos, com apenas 1,73
profissionais por mil habitantes. No Nordeste, embora contenha 19,3% dos
médicos e 26,8% da população, o número é de 2,22 médicos por mil
habitantes.
Cesar
Lima, especialista em orçamento, afirma que o estudo remonta um problema
estrutural antigo do Brasil, e que apesar de programas como o Mais Médicos
terem conseguido resolver parte disso, ainda é um desafio.
“Enquanto
no Sul temos quase oito médicos para cada mil habitantes, no interior do Amazonas
não chegamos a um quarto de profissionais para cada mil habitantes, nós temos
0,2 médicos para cada mil. Eles preferem ficar em grandes centros, nas cidades
maiores, até pelas condições de trabalho. Você tem equipamentos, mais
capacidade de atendimento e de suporte à vida do que no interior do Amazonas ou
do Maranhão, por exemplo”, ressalta Lima.
Nas
capitais, a média de médicos por mil habitantes atinge o nível de 7,03,
enquanto nas cidades do interior o número cai para 1,89.
Fonte: Brasil 61
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