Foto: Reprodução/Globo
A operação foi batizada de Follow the Money e
está baseada no Paraná. A residência onde foram encontradas as notas estaria
localizada no bairro de Barigui, região nobre de Curitiba.
Segundo a Receita Federal, um empresário da
capital paranaense, ligado ao ramo de transportes, construção e de aluguel de
máquinas pesadas, é apontado como o chefe da organização criminosa. Ele, que
não teve a identidade divulgada, já havia sido preso por tráfico internacional
de entorpecentes e utilizava documentos falsos para não chamar a atenção.
Durante as investigações, os órgãos federais
identificaram mais duas remessas de cocaína vinculadas ao grupo criminoso, que
somavam 1,5 tonelada da droga.
Como
funcionava o esquema
Ainda
de acordo com a Receita Federal, o empresário chefe do grupo
utilizava dezenas de pessoas e de empresa laranjas. Alguns veículos de
luxo eram adquiridos por ele em nome destes laranjas.
Os
imóveis para seu uso próprio eram adquiridos em nome de uma imobiliária e de
uma empresa de participações, que foram responsáveis pela aquisição de ao
menos três imóveis de luxo em Curitiba, utilizados para moradia.
Com
o auxílio de um contador ligado aos criminosos, as empresas em nome do chefe
dessa organização apresentavam declarações de faturamento à Receita Federal,
mesmo sem prestar nenhum tipo de serviço ou sem qualquer registro de venda de
mercadorias.
Em
uma dessas empresas, foram gastos mais de R$ 8 milhões na aquisição de máquinas
pesadas para locação e prestação de serviços, mas, ao que tudo indica, nenhum
serviço era prestado. A Receita chamou o arranjo de "sofisticado esquema
de lavagem".
O
grupo fazia compensações de boletos (cobrança bancária) que eram pagos por
empresas também ligadas à organização e suspeitas de serem exclusivamente
utilizadas para movimentação de recursos ilícitos.
Noutra
empresa ligada ao ramo de “atividades esportivas” e em nome da companheira do
empresário, eram declarados valores que as investigações acreditam ser falsos,
relativos a prestações de serviços apenas para justificar e dar aparência de
licitude a gastos e despesas pessoais do casal que de fato eram suportados com
recursos oriundos das atividades criminosas.
Apenas
nos últimos dois anos, as investigações encontraram a disponibilidade de cerca
de R$ 18 milhões para gastos pessoais e aquisição de imóveis e veículos sem
origem lícita conhecida.
Buscas
A
PF e a RF cumpriram 33 mandados de busca e apreensão e dois de prisão
temporária. Além de Curitiba, os mandados foram cumpridos em Piraquara, Tijucas
do Sul, Pontal do Sul, Santo Antônio do Sudoeste, Londrina e Loanda, todos no
Paraná.
Fora
do Estado, houve cumprimento de mandados em Camboriu, Balneário Camboriú, Barra
Velha e Itapoá, estes em Santa Catarina, além de Barroquinha, no Ceará.
Fonte: Terra
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