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A
letra cursiva está ligada à neurociência. Série de estudos comprovam a
alteração significativa em relação à alfabetização de crianças, por exemplo. No
entanto, em uma era em que a geração cresceu dominada por telas de
computadores, notebooks, celulares e tablets, a escrita à mão virou
raridade. Alguns países aboliram o ensinamento dessa modalidade — não no
Brasil. Mas é o caso dos Estados Unidos. Até agora. Por lá, o ano letivo de
2024 começou com a retomada do manuscrito nas escolas. Transformou-se em
debate, análise e, por fim, lei.
Alunos
de 6 a 12 anos do Ensino Fundamental da Califórnia serão obrigados a aprender a
ler e escrever com o traçado à moda antiga. A exigência foi determinada pela
Lei Estadual 446, patrocinada por Sharon Quirk-Silva, ex-professora.
“Alguns
professores já a ensinavam, mas geralmente não em escolas com poucos recursos”,
disse ela à imprensa local.
Diante
da obrigatoriedade, aproximadamente 2,6 milhões de alunos serão apresentados à
prática neste ano. O estranhamento é comum. Mas a novidade agradou a maioria.
Uma prova de que a obrigação é necessária é que muitos disseram que “estão
adorando aprender novas letras”. Não é o caso, é o mesmo beabá em outro estilo.
Mais
de 20 estados seguem no ritmo. A justificativa é única: o papel
fundamental desempenhado por essa habilidade no desenvolvimento cognitivo
infantil, estimulando diversas áreas cerebrais essenciais da comunicação.
Para
entender o processo da letra cursiva, especialistas ressaltam a relevância dela
para a vida da criança. “Essa importância se deve ao desenvolvimento do
foco visual, da memória, da organização espacial, da atenção mental, da
coordenação motora fina e do planejamento motor que a criança precisa fazer
para escrever”, diz Jansley Silva, coordenadora pedagógica no Colégio
Arnaldo, em Belo Horizonte.
Por
experiência própria nas salas de aula pelas quais passou, ela ressalta que para
os pequenos o aprendizado ainda é potencializado com a integração da família
nesse processo. “A escola atua com o professor ali ao lado, ensinando o
delineado correto. Já a família, fazendo treinamento no dever de casa.”
Fonte: Revista Isto É
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