Jair Bolsonaro e
Valdemar Costa Neto, do PL, estão proibidos de manter contato por ordem
judicial Foto: Gabriela Biló e Alex Silva/Estadão© Fornecido por Estadão
Ao Estadão,
o advogado Fábio
Wajngarten, um dos responsáveis pela defesa do ex-presidente e
ex-secretário de Comunicação do governo Bolsonaro, afirmou nesta quarta-feira,
14, que o partido pretende delimitar um plano de ação para o cumprimento da
medida “nos próximos dias”.
No
despacho que autorizou os mandados de busca e apreensão pela Polícia
Federal (PF), Moraes determinou aos alvos do inquérito a proibição “de
manter contato com os demais investigados, inclusive através de advogados”.
Por
mais que a decisão judicial não limite a distância física entre os dois,
Valdemar e Bolsonaro frequentam a sede do PL, em Brasília. Além disso, o
escritório da legenda fica no mesmo conjunto de edifícios onde mora o dirigente
partidário. No momento, ele está em liberdade provisória.
Recurso
contra proibição de comunicação
Já
há um recurso apresentado pela defesa de Bolsonaro para derrubar a proibição de
comunicação entre os integrantes do PL alvos da Tempus Veritatis. Além do ex-presidente e de
Valdemar, Walter Braga Netto, o ex-companheiro de chapa de Bolsonaro
na eleição de 2022, também é investigado pela PF e está impedido de se
comunicar com os colegas de sigla.
O
recurso impetrado para derrubar a proibição de comunicação é assinado por
Wajngarten, Paulo Bueno e Daniel Tesser. Além disso, os advogados pedem a devolução do passaporte de
Bolsonaro, entregue pelo ex-presidente após intimação na quinta-feira, 8,
quando foi deflagrada a operação. A defesa de Valdemar foi procurada para
comentar o caso e preferiu não se manifestar.
Valdemar
está em liberdade provisória
Valdemar
foi preso em flagrante na quinta-feira, durante a busca e apreensão feita pela
PF. Não havia mandado de prisão contra Valdemar, mas foi localizado no endereço
do dirigente partidário uma arma de fogo, da qual ele não tinha autorização
para a posse. Além disso, também foi encontrada com o presidente do PL uma
pepita de ouro avaliada em R$ 11 mil, configurando suspeita para o crime de
usurpação mineral, que é inafiançável.
O
presidente do PL passou por uma audiência de custódia na sexta-feira, 9,
e a prisão em flagrante foi convertida para preventiva, ou seja,
sem prazo para acabar. No fim de semana, atendendo a um parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR), foi concedida liberdade provisória a Valdemar, em razão da
idade avançada e do dirigente partidário não ter utilizado meios violentos nos
crimes dos quais é suspeito.
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