O
presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse nesta 3ª feira (13.fev.2024)
que a estatal deve concluir as negociações com o fundo árabe Mubadala Capital
para retomar participação acionária na refinaria de Mataripe (BA) no 1º
semestre de 2024. A instalação é um antigo ativo da Petrobras e foi vendida ao
fundo em novembro de 2021, no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Acertamos que nossas equipes intensificarão os trabalhos logo após a volta dos
feriados de Carnaval com vistas a finalizar a nova configuração societária e
operacional ainda neste primeiro semestre de 2024. Demais. detalhes e
andamentos atuais serão mantidos sob confidencialidade até a finalização do processo”,
disse Prates no X (antigo Twitter).
Segundo o presidente da estatal, as partes
estão conversando sobre uma volta da influência da Petrobras na refinaria há
meses. Em janeiro, a companhia informou ao mercado que recebeu uma proposta da
Mubadala para uma parceria no refino da Bahia. A contrapartida para um retorno
da Petrobras à refinaria deve ser uma composição para auxiliar os investimentos
do fundo árabe no setor de bicombustíveis no Brasil.
A Mubadala está localizada nos Emirados Árabes
Unidos. Controla duas refinarias em território baiano: Mataripe – situada
em São Francisco do Conde, com capacidade de processar 333 mil barris por dia.
Ativos incluem 4 terminais de armazenamento e oleodutos, com 669 km de
extensão; Acelen Energia Renovável – biorrefinaria, tem objetivo de produzir
20.000 barris por dia a partir de 2026.
VENDA POLÊMICA
Apesar do tom ameno da postagem, a atual gestão da Petrobras é crítica
à privatização da refinaria baiana. Em janeiro deste ano, a estatal abriu
investigação administrativa para avaliar a venda do ativo. A investigação foi
aberta com base em um relatório da CGU (Controladoria Geral da União) que
concluiu que a refinaria foi vendida por um preço abaixo do mercado. Leia a
íntegra do relatório (PDF – 2 MB). O fundo Mubadala pagou US$ 1,65 bilhão (R$
8,03 bilhões pelo câmbio atual) pela refinaria. A empresa de investimentos de
Abu Dhabi pertence à família real dos Emirados Árabes .
Com informações do Poder 360
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