(CAIRO/RAFAH, Faixa de Gaza (Reuters) - O Hamas encerrou as negociações de cessar-fogo no Cairo e agora está esperando para ver o que os mediadores trazem das negociações do fim de semana com Israel, disse uma autoridade do grupo militante na sexta-feira, no que parece ser o esforço mais sério das últimas semanas para interromper os combates. As informações são
Os
mediadores têm intensificado os esforços para garantir um cessar-fogo em Gaza,
na esperança de evitar um ataque israelense à cidade de Rafah, onde mais de um
milhão de pessoas deslocadas estão abrigadas no extremo sul do enclave.
Israel
afirma que atacará a cidade se não houver um acordo de trégua em breve.
Washington pediu a seu aliado próximo que não o faça, alertando para o grande
número de vítimas civis se o ataque à cidade for adiante.
O
líder do Hamas, Ismail Haniyeh, reuniu-se com mediadores egípcios no Cairo para
discutir uma trégua na semana passada, em sua primeira visita desde dezembro.
Israel deve participar de conversações neste fim de semana em Paris com
mediadores de Estados Unidos, Egito e Catar.
Duas
fontes de segurança egípcias confirmaram que o chefe da inteligência egípcia,
Abbas Kamel, iria na sexta-feira a Paris para as negociações com os
israelenses, depois de concluir as conversas com o líder do Hamas, Haniyeh, na
quinta-feira. Israel não comentou publicamente sobre as negociações em Paris.
A
autoridade do Hamas, que pediu para não ser identificada, disse que o grupo
militante não ofereceu nenhuma nova proposta nas conversações com os egípcios, mas
estava esperando para ver o que os mediadores vão trazer de suas próximas
conversações com os israelenses.
"Discutimos
nossa proposta com eles (os egípcios) e vamos esperar até que eles retornem de
Paris", disse o representante do Hamas.
A
última vez que conversações semelhantes foram realizadas em Paris, no início de
fevereiro, elas produziram um esboço para o primeiro cessar-fogo prolongado da
guerra, aprovado por Israel e pelos Estados Unidos. O Hamas respondeu com uma
contraproposta, que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu,
rejeitou como "delirante".
Acredita-se
que o Hamas ainda mantenha mais de 100 reféns capturados no ataque de 7 de
outubro contra Israel, que precipitou a guerra, e diz que só os libertará como
parte de uma trégua que termine com a retirada israelense de Gaza. Israel
afirma que não se retirará até que o Hamas seja erradicado.
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