Foto ilustrativa - Internet/Google
“A
Água nos Une, o Clima nos Move”. Esse é o tema do Dia Mundial da Água 2024 (22
de março) no Brasil. A revelação da temática ocorreu nesta quarta-feira (31),
durante live promovida pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico
(ANA), e marcou o início da Jornada da Água 2024. O ministro da Integração e do
Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, participou da abertura do evento, que
também contou com o lançamento de um estudo sobre o impacto da mudança do clima
nos recursos hídricos e do hotsite da Jornada.
A
Jornada da Água 2024 prevê uma série de atividades, campanhas e eventos durante
todo o ano. O tema do Dia Mundial da Água será referência para as ações da
Jornada, que foi concebida para sensibilizar a sociedade, os membros da
Administração Pública e os atores dos setores de recursos hídricos e saneamento
básico, entre outros entes estratégicos para o cuidado com as águas do Brasil.
“Em
um contexto em que as mudanças climáticas estão sendo percebidas com mais
intensidade em todo o mundo, provocando desastres nunca antes vistos, esse
debate é extremamente necessário. Todo o Governo Federal está alinhado e
empenhado em contribuir com a agenda do meio ambiente, sobretudo da água, que é
um bem precioso e essencial para a vida”, afirmou Waldez Góes.
Durante
a live, o ministro Waldez Góes destacou a importância do trabalho integrado
entre os diversos órgãos do Governo Federal. "Se a gente não tiver uma boa
governança, uma boa adaptação e trabalhar realmente a capacidade de executar
uma boa gestão em relação aos recursos hídricos, a população irá sofrer,
sobretudo com os fortes impactos das mudanças climáticas”, apontou o ministro.
“E esse trabalho precisa ser feito de forma integrada e coordenada entre os
diversos órgãos federais, os estados e os municípios, além da sociedade civil”,
afirmou.
A
diretora-presidente interina da ANA, Ana Carolina Argolo, ressaltou que a
Jornada da Água vai possibilitar, durante todo o ano de 2024, um olhar de
atenção e reflexão sobre a importância da água e a relação com as mudanças
climáticas. “Como diz o tema deste ano, a água nos une, e o que une nos move.
Há a necessidade de fazermos a gestão desse recurso de forma unida,
transversal, para que possamos, de fato, garantir o acesso à água em quantidade
e em qualidade”, afirmou. “E, hoje, esse desafio é ainda maior, frente ao que
as mudanças climáticas apresentam. E isso só poderá ser enfrentado se nós
estivermos juntos, com as ações adequadas e estratégicas. Então, essa jornada
traz esse olhar, essa discussão”, completa.
O
ministro das Cidades, Jader Filho, apontou que as ações de prevenção ganharam
destaque na atual gestão do Governo Federal. “Destinamos recursos para várias
iniciativas de drenagem e de contenção de encostas, por exemplo. A última vez
que houve verba federal com esse objetivo foi em 2015, ou seja, foram quase 10
anos sem nenhuma nova obra de encosta e drenagem neste país feita pelo Governo
Federal”, afirmou. "Antes da PEC da transição, havia R$ 27 milhões em
caixa para todas as obras de prevenção no País. Ou seja, durante muito tempo, a
prevenção não foi uma prioridade no Brasil. Nesta gestão, fora as seleções do
PAC, destinamos R$ 1,4 bilhão para contenção de encostas e mais de R$ 4 bilhões
para drenagem urbana”, acrescentou.
O
secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, João
Paulo Capobianco, destacou que a governança e gestão adequada dos recursos
hídricos é uma das principais ferramentas de adaptação aos impactos das
mudanças climáticas. "Precisamos garantir a resiliência, adaptar e preparar
nossas cidades e populações para os eventos climáticos extremos e, ao mesmo
tempo, fazer uma boa gestão dos nossos mananciais, dos nossos rios. Por isso,
precisamos avançar muito no saneamento, que é a garantia de que não vamos
contaminar a água que precisamos para a nossa sobrevivência e atividades
produtivas”, ressaltou.
Clima
e recursos hídricos
Como
parte da agenda permanente da ANA no tema, foi lançado no evento o estudo
Impacto da Mudança do Clima nos Recursos Hídricos do Brasil, que apresenta uma
análise sobre como os recursos hídricos são afetados por alterações no clima e
como podemos nos adaptar às incertezas do futuro. A publicação aborda, de forma
inédita, os impactos da mudança do clima na disponibilidade hídrica, no
planejamento e na gestão do setor de recursos hídricos e de saneamento básico.
O
estudo também aponta as regiões que tendem a passar por maior escassez hídrica,
em virtude de uma tendência na diminuição da disponibilidade de água, e regiões
em que há tendência de aumento da disponibilidade hídrica e da sua
variabilidade, inclusive pela ocorrência de eventos de chuvas intensas.
A
publicação traz, ainda, possíveis cenários futuros com integração entre as
diferentes bacias hidrográficas e unidades federativas, oferecendo resultados
únicos e inéditos para os órgãos gestores estaduais, os comitês de bacias
hidrográficas e para qualquer usuário de recursos hídricos.
Por
dentro da Jornada
Outro
lançamento foi o hotsite da Jornada da Água 2024. Nesse espaço, é apresentado o
tema, disponibilizados publicações e materiais de comunicação para download,
divulgado o calendário de eventos, além de informações da ANA relacionadas ao
evento. Acesse o hotsite.
Origem
da data
Em
22 de março de 1992, a Organização das Nações Unidas (ONU) criou o Dia Mundial
da Água em solo brasileiro. A data foi lançada durante a Conferência das Nações
Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, também conhecida como Eco-92,
no Rio de Janeiro, como um esforço da comunidade internacional para colocar em
pauta as questões essenciais que envolvem os recursos hídricos no planeta. Em
2024, o tema definido para o Dia Mundial da Água pela ONU é Água para a Paz.
Fonte: Ministério da
Integração e do Desenvolvimento Regional -MDR
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