O presidente da Conib (Confederação Israelita do Brasil), Claudio Lottenberg, afirmou, nesta 2ª feira (19.fev.2024), que solicitou uma reunião com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), sobre sua fala em que comparou Israel a Adolf Hitler e ao holocausto. Também pede um reposicionamento do petista. As declarações do chefe do Executivo foram dadas no domingo (18.fev), durante uma conversa com jornalistas na Etiópia.
“A situação que é comparada pelo presidente Lula retrata um genocídio, onde se tinha a vontade deliberada dos nazistas de eliminar judeus por serem judeus. É decepcionante e frustrante que essa situação tenha sido usada de maneira tosca, sem qualquer tipo de profundidade. Sobretudo por ser um tema tão sensível para nós”, afirmou. ...
No domingo, Lula voltou a dizer que Israel está cometendo um
“genocídio” do povo palestino com sua ofensiva na Faixa de Gaza. “É importante
lembrar que, em 2010, o Brasil foi o 1º país a reconhecer o Estado palestino. É
preciso parar de ser pequeno quando a gente tem de ser grande. O que está
acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino, não existe em nenhum outro
momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus”,
disse, na ocasião.
Para Lottenberg, o petista “misturou conceitos que são muito importantes e de alto significado para a comunidade judaica”. Afirmou que Lula “comparou situações que não têm parâmetro de referência para serem comparáveis” e que irá cobrar um reposicionamento do presidente. “Caso não se reposicione, bom, aí será uma 2ª decepção”, afirmou o presidente da Conib em entrevista ao Poder360.
ENTENDA
O
presidente Lula disse que o conflito na Faixa de Gaza é um genocídio comparável
ao extermínio de judeus na Alemanha nazista. “O que está acontecendo na Faixa
de Gaza com o povo palestino, não existe em nenhum outro momento histórico.
Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus”, declarou Lula a
jornalistas em Adis Abeba, na capital Etiópia, no domingo (18.fev). A
comparação instaurou uma crise diplomática com Israel.
O
primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, disse que a fala é “vergonhosa” e que
Lula “cruzou uma linha vermelha”.
No
Brasil, deputados federais assinaram um pedido de impeachment contra o presidente. Já os
governistas desqualificaram o pedido e defenderam Lula. A fala do petista o
tornou “persona non grata” em Israel. O país exige uma retratação do Brasil.
Fonte: Poder 360
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