O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), reforçou que o Estado precisa enfrentar urgentemente o narcotráfico e criticou o uso de câmeras em uniformes policiais, que, para ele, não ajudam efetivamente na segurança pública. “Eu
acho que a câmera não traz resultado nenhum, só faz inibir o policial. Cidadão
quando está armado, a minha polícia entra para resolver, ela não entra para
tomar tiro. A minha polícia é feita para salvar o meu povo, ela é feita para
dar segurança aos goianos”, afirma.
A
declaração foi dada em entrevista ao programa Diálogos com Mario Sérgio Conti,
da GloboNews, na edição da última sexta-feira (16).
Segundo
o governador, a tese de que a violência causada pelo tráfico é um problema
social deve ser derrubada, porque as facções criminosas envolvem muitos ricos e
poderosos.
“Agora
você compra franquia em São Paulo. Agora o PCC vende um quarteirão que garante
que só você vai negociar a cocaína e a maconha. Dependendo do ponto é 3
milhões, 500 mil. Nós precisamos ter a coragem de enfrentar isso. O Estado não
pode mais se acovardar”, ressalta.
De
acordo com o último Atlas da Violência, divulgado em dezembro, Goiás foi o
terceiro estado que mais reduziu a taxa de homicídios de 2020 a 2021, com queda
de 16,8%, enquanto a média nacional reduziu 4,1%. Se considerado o período de
2016 a 2021, a redução foi 40,3%. O estudo é do Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada (Ipea).
Dados
do Ministério da Justiça e Segurança Pública revelam que em algumas regiões do
Brasil a situação envolvendo a criminalidade é crítica, como é o caso do Norte
do país. Em 2023, a região registrou aumento nos números de violência. Foram
8.361 vítimas, o equivalente a 28 por dia, incluindo tentativas de homicídio —
uma elevação de 5,72%. Já no Nordeste, a Bahia está em destaque. O estado
contou com o maior número de homicídio doloso do país: 3.895, cerca de 102
mortes desse tipo a cada dia.
Fonte:
Brasil 61
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