Fotomontagem TM
Por: Taciano Medrado
Arranjando um Culpado
O Ministério da Fazenda do Lulapetismo tenta jogar a culpa pelo rombo e o déficit inflado, nos gastos com precatórios, que foram quitados no fim do ano passado, e a compensação da União aos estados e municípios pelas perdas com a redução do ICMS em 2022
Mas o segundo os especialistas na área o déficit significa
que o governo gastou mais do que arrecadou. “Mas mesmo numa conjuntura de
recessão e baixo crescimento econômico, déficit se faz necessário para
estimular a atividade.” afirmou o economista e doutor em Ciências Políticas pela
Unicamp, Felipe Queiroz.
Para
o cidadão comum, o que esses números impactam?
Na
prática, o que o déficit fiscal pode impactar o cidadão, não depende apenas
desses números. Mas o economista Felipe Queiroz explica quais são as possíveis
consequências do rombo.
“Pode
produzir — mas não necessariamente produzirá — um efeito inflacionário. Pode
afetar o ciclo de redução da taxa de juros e, em última instância, afetar o
custo do crédito para o cidadão comum, e aumentar a taxa de juros para o
financiamento que ele já tenha, ou não.”
A
ressalva, segundo Felipe Queiroz, é importante frisar, já que há um conjunto de
outras variáveis que influenciam no momento do resultado final da inflação
— e não apenas o gasto do governo.
Precatórios,
compensação aos estados e metas para 2024
O
governo federal decidiu pagar os precatórios atrasados de anos anteriores, o
que somou R$ 92,4 bilhões. Outros R$ 27 bilhões foram distribuídos a
estados e municípios como forma de compensar esses entes pelas perdas com a
arrecadação do ICMS durante o governo Bolsonaro.
Sem
considerar o pagamento dos precatórios, o déficit primário foi de R$ 138,15
bilhões, o que corresponde a 1,27% do PIB. Ainda assim, o número ultrapassa a
meta prevista pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que era um rombo de
até 1% do PIB.
O
número negativo de 2023 pode ter reflexo nas contas de 2024. Luigi Mauri,
economista, explica que a expectativa do ministro Haddad — de conquistar o
déficit zero — pode estar mais longe do que o que ele gostaria.
“Nós
temos a certeza de que aumentam-se as dúvidas com relação à possibilidade
de déficit zero em 2024. As chances já eram consideradas baixas — e agora,
com esse resultado, a expectativa é muito maior de que o governo não vai ter a
capacidade de cumprir essa meta.”
Dados
divulgados pela Secretaria do Tesouro Nacional mostram que a receita total do
governo em 2023 foi de R$ 1,931 trilhão — queda de 2,2% em termos reais em
relação a 2022. Já os gastos no mesmo ano foram de R$ 2,162 trilhões — com alta
real de 12,5% em relação ao ano anterior.
Com informações do Brasil 61
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