Com
o objetivo de apresentar tecnologias alternativas no processo de dessalinização
para o abastecimento de água de comunidades no semiárido nordestino, estudantes
do Colégio Estadual de Casa Nova, localizado no município de Casa Nova,
desenvolveram a pesquisa “Dessalinização urgente no sertão baiano”. Para isso,
além da investigação em artigos científicos sobre a seca no semiárido, eles
visitaram o Açude de Pedra, no Sítio Riachão, na zona rural da cidade, que
possui açudes com água salobra. Lá eles entrevistaram moradores sobre as
dificuldades do consumo de água e apontaram alternativa para o problema.
Mateus
Aislan Silva, 15, 1º ano, falou sobre a importância da pesquisa para ajudar a
comunidade e o meio ambiente, visto que o dessalinizador não está funcionando.
“Após pesquisas, a forma que a gente viu para ajudar os moradores foi sugerir a
dessalinização solar, porque a dessalinização por osmose reversa, que possui na
comunidade, é um processo muito caro de ser mantido e os moradores da
localidade são de baixa renda. Os resíduos do sal, que causam impactos
ambientais, podem ser utilizados na alimentação dos caprinos, pois ajudam na
formação dos ossos e no bom funcionamento do intestino”.
Já Sabrina Vitória Silva, 15, 1º ano, explicou sobre a dessalinização da água. “O processo de dessalinização envolve a remoção do sal da água salgada/salobra e sua filtragem para produzir água potável de qualidade. Nós pesquisamos sobre outros processos e vimos que a dessalinização solar seria melhor, pois possui um baixo custo, tanto na implantação, quanto na manutenção. Como moramos no sertão baiano, onde o sol é em abundância, este método seria mais viável”.
Segundo
a professora e orientadora da pesquisa, Andréa Araújo, o trabalho impactou cada
integrante do grupo. “O projeto é de grande importância, pois foi observado que
é possível propor soluções para os problemas da região através do conhecimento
adquirido em sala de aula. Eles desenvolveram pesquisas sobre dessalinização e
reconheceram a importância de divulgar novas propostas para sanar o problema da
seca no semiárido baiano”, afirmou.
O
projeto foi classificado em 3º lugar, na categoria Ciências Biológicas da feira
de ciências do colégio, bem como foi inscrito na feira de ciências do Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sertão Pernambucano (IF Sertão),
em Petrolina – PE. Além disso, a pesquisa foi apresentada nas etapas
Territorial e Estadual da 11ª Feira de Ciências, Empreendedorismo e Inovação da
Bahia (Feciba).
Ascom/ SEC/Ba
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