Goianos que trabalharam no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), em 2023, denunciam que, até esta quinta-feira (4), não receberam pelo serviço prestado. As provas foram aplicadas nos dias 5 e 12 de novembro e, com a promessa de pagamento após 15 dias, muitos trabalhadores contavam com o valor para pagar as contas do final de ano.
“Trabalhamos
quase 12h direto, em pé e fazendo nosso trabalho árduo para não ser
recompensado depois. Acho injusto isso”, disse a funcionária pública municipal
Irene Fagundes, em entrevista à TV Anhanguera.
O
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep)
informa que contratou o Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e
de Promoção de Eventos (Cebraspe) para coordenar a aplicação das provas. Em
comunicado, o Cebraspe afirma que o pagamento está sendo feito em lotes devido
à grande quantidade.
Cerca
de 22 mil pessoas trabalharam no Enem, em 2023, em todos os estados brasileiros
e no Distrito Federal (DF). Os trabalhadores podem aplicar provas, fiscalizar
banheiros e corredores e auxiliar candidatos com deficiência. O valor a receber
depende da função exercida e, segundo eles, o pagamento seria 15 dias após o
primeiro dia do Enem.
“Já
participei outras duas vezes e sempre foi bem tranquilo. Teve um que participei
que recebi no dia certinho”, disse a auxiliar administrativo Adriana
Figueiredo.
Entretanto,
segundo Adriana, o pagamento não foi feito até a última atualização desta matéria.
O Cebraspe confirmou o atraso e informou que, além de Goiás, o pagamento de
trabalhadores da Bahia, Maranhão, Pernambuco e Paraná estão sendo processados.
Além disso, disse que os colaboradores que não receberam precisam atualizar os
dados bancários.
Adriana
trabalhou como fiscal de sala e, segundo ela, receberia R$ 240 pelos dois dias
de prova. “Um dinheiro que está sendo aguardado, mas se tivesse entrado no fim
do ano, teria sido ótimo”, afirma. A funcionária pública municipal Irene
Fagundes também trabalhou no Enem e disse que estava contando com o dinheiro
para pagar as contas do final de ano.
Situação
enfrentada também pela Edelvânia Matos, que foi fiscal de banheiro, ficou mais
de 8 horas em pé, segundo ela, e iria receber 180 reais pelos dois dias
trabalhados. “Contava demais no final do ano. Tive que dar meu jeito e fazer
outras coisas para repor esse desfalque. Irene, Adriana e Edelvânia cobram que
sejam pagas pelos serviços prestados. ( Fonte: G1-Goiás)
Trabalhadores de Pernambuco também não receberam pagamentos
Profissionais de Pernambuco que trabalharam, em novembro de 2023, na aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) reclamam da falta de pagamento pelos serviços prestados.
Aplicadores
alegam que, durante a capacitação, foram informados que o pagamento pelo
serviço seria feito um mês após a segunda prova, que ocorreu no dia 12 de
novembro, mas essa quitação não ocorreu.
O
educador Lucas da Silva trabalhou no Enem como chefe de sala. Ele deveria ter
recebido R$ 220 pelos dois domingos trabalhados. Mais de um mês se passou desde
o primeiro prazo, e até agora nada de pagamento.
“A
gente precisa de uma resposta, a gente quer uma data específica da Cebraspe
para que a gente possa ter uma resposta satisfatória, a gente trabalhou como
colaborador no Enem e eles estão tratando a gente como se não tivesse uma
importância, porque no dia da prova a gente é como um colaborador essencial
para a realização da prova, porém quando se passa, parece que a gente não tem
colaboração nenhuma no executar da prova”, afirmou.
O
servidor público Artur Muriel conta que também trabalhou na aplicação das
provas no Enem 2023. Foram dois dias de trabalho intenso, mas ainda não recebeu
pela longa jornada. “A gente se disponibilizou a trabalhar no dia de domingo em
uma jornada intensa e até agora não obtivemos resposta sobre o pagamento",
destacou. (Fonte: G1-Petrolina)
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