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KHAN
YOUNIS, Gaza/JERUSALÉM (Reuters) - Ataques aéreos israelenses contra blocos
residenciais no sul de Gaza mataram pelo menos 47 palestinos neste sábado,
dizem médicos, após Israel novamente alertar que civis precisam se realocar,
enquanto se prepara para um ataque contra o Hamas na região sul do enclave,
após subjugar o norte.
Autoridades
palestinas acusaram o exército israelense de retirar à força a maioria dos
funcionários, pacientes e pessoas deslocadas do maior hospital de Gaza, no
norte, e abandoná-los a jornadas perigosas rumo ao sul a pé.
As
forças israelenses, que tomaram o controle do hospital Al Shifa em sua ofensiva
no norte de Gaza no início desta semana, alegando que o local escondia um
centro de comando subterrâneo do Hamas, negaram a acusação, afirmando que as
retiradas foram voluntárias.
Israel
prometeu aniquilar o grupo militante Hamas que controla a Faixa de Gaza, após a
sua invasão à Israel em 7 de outubro na qual seus soldados mataram 1.200
pessoas e tomaram 240 como reféns para o enclave, de acordo com a contagem
israelense.
Desde
então, Israel bombardeou grande parte da Cidade de Gaza -- o núcleo urbano do
enclave -- às cinzas, ordenou o despovoamento da metade norte da estreita faixa
e deslocou cerca de dois terços dos 2,3 milhões de palestinos de Gaza.
Autoridades
sanitárias de Gaza aumentaram o total de mortos na sexta-feira para mais de 12
mil pessoas, incluindo 5 mil crianças. A ONU considera que esses números são
confiáveis, embora estejam sendo atualizados com pouca frequência, pela
dificuldade de coletar informações.
ATAQUES
AÉREOS
Uma
ofensiva israelense no sul da Faixa de Gaza pode obrigar centenas de milhares
de palestinos que fugiram da incursão israelense na Cidade de Gaza, no norte, a
se deslocarem novamente, junto com os moradores de Khan Younis, uma cidade com
mais de 400 mil habitantes, agravando a grave crise humanitária.
De
sexta para sábado, 26 palestinos foram mortos e 23 ficaram feridos por um
ataque aéreo contra dois apartamentos em um prédio de vários andares em um
movimentado distrito de Khan Younis, segundo autoridades sanitárias.
Alguns
quilômetros ao norte, seis palestinos foram mortos quando uma casa foi
bombardeada pelo ar, na cidade de Deir Al-Balah, de acordo com autoridades
sanitárias.
Um
terceiro ataque aéreo israelense na tarde deste sábado matou 15 palestinos em
uma casa a oeste de Khan Younis, perto de um abrigo para deslocados, disseram
testemunhas e médicos.
Israel
diz que o Hamas geralmente esconde combatentes e armas em edifícios
residenciais e outros edifícios civis, o que o Hamas nega.
Um
comunicado do exército israelense disse apenas que, nas últimas 24 horas, sua
força aérea atingiu dezenas de alvos de Gaza, incluindo militantes, centros de
comando, bases de lançamento de foguete e fábricas de munições.
Um
assessor sênior do primeiro-ministro de Israel pediu na sexta-feira que civis
palestinos se afastassem de Khan Younis porque forças israelenses teriam que
avançar contra a cidade para retirar soldados do Hamas escondidos em túneis
subterrâneos e bunkers - sugerindo que uma ofensiva israelense por terra no sul
era iminente.
O
pendente avanço israelense no sul de Gaza pode ser mais complicado e letal do
que no norte, no entanto, com a população civil inchada por cerca de 400 mil
refugiados e possíveis combates mais ferozes com militantes na região de Khan
Youni, uma base de poder do líder do Hamas, Yahya Sinwar, de acordo com uma
fonte sênior de Israel e duas ex-autoridades de primeiro escalão.
RETIRADAS
DO HOSPITAL AL SHIFA
Para
alarme internacional, Israel tornou o Al Shifa o foco principal de seu avanço
terrestre no norte da Faixa de Gaza.
Suas
forças tomaram o controle após relatos de confrontos com combatentes do Hamas
do lado de fora e estão vasculhando as instalações e escavando partes dela, alegando
ter encontrado evidências de um reduto subterrâneo do Hamas. Funcionários do Al
Shifa afirmam que Israel não comprovou tal alegação.
A
ministra da Saúde palestina, Mai al-Kaila, disse que todos menos
aproximadamente 125 dos estimados 1 mil a 1.500 pacientes feridos na guerra ou
doentes, assim como 34 bebês recém-nascidos, cinco médicos e algumas
enfermeiras, foram forçados a sair do Al Shifa pelo exército israelense.
O
exército israelense negou os relatos palestinos. Em um comunicado, disse que
suas forças em Al Shifa concederam um pedido do diretor do hospital para
"expandir e auxiliar" em futuras retiradas voluntárias por meio de
uma "rota segura". Médicos podem ficar para ajudar os pacientes que
estão fracos demais para serem retirados, disse.
Autoridades
sanitárias palestinas disseram que as pessoas retiradas do Al Shifa precisarão
caminhar em estradas perigosas, bombardeadas, em áreas sob ataques aéreos
repetidamente.
Com
a guerra entrando em sua sétima semana, não houve sinais de abrandamento, apesar
de cobranças da comunidade internacional por "pausas humanitárias".
A
agência humanitária da ONU, a Ocha, disse que nenhum auxílio entrou em Gaza
pelo terceiro dia seguido na sexta-feira, e as distribuições estão praticamente
interrompidas pela falta de garantias de segurança e combustível. Ainda afirmou
que esgoto começou a fluir nas ruas em algumas regiões pela falta de
combustível para operar a infraestrutura.
Fonte: Reportagem
de Nidal al-Mughrabi, James Mackenzie Henriette Chacar e redações da Reuters)
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