O
Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) participou,
nesta quinta-feira (27), em Fortaleza (CE), do 29º Fórum Banco do Nordeste
de Desenvolvimento, realizado pelo Banco do Nordeste do Brasil (BNB). A Pasta
foi representada pela secretária nacional de Políticas de Desenvolvimento
Regional e Territorial, Adriana Melo, que integrou o primeiro painel do evento,
que debateu o desenvolvimento regional.
O
painel foi mediado pelo economista-chefe do BNB, Luiz Esteves, e também contou
com a participação da especialista em desenvolvimento regional Tânia Bacelar e
do diretor de Estudos e Políticas Regionais, Urbanas e Ambientais do Instituto
de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), Aristides Neto.
"Discutimos,
no evento, o desenvolvimento do Nordeste e como uma industrialização verde pode
se consolidar na região”, destaca a secretária Adriana Melo. “O MIDR apresentou
iniciativas ligadas ao Programa BioRegio, ações relacionadas à economia
circular, oportunidades para uma agricultura de baixo carbono e as
possibilidades que o Novo PAC vai trazer para o desenvolvimento de atividades
industriais focadas em inovação e sustentabilidade", completa.
O
Programa de Bioeconomia para o Desenvolvimento Regional (BioRegio), que se
encontra em fase de desenvolvimento, visa incentivar a inovação, o investimento
e a geração de emprego e renda a partir da bioeconomia, especialmente nos
biomas Amazônia, Caatinga e Cerrado.
Durante
o evento, a secretária Adriana Melo também abordou oportunidades de
desenvolvimento regional dentro do novo contexto estratégico de retomada do
potencial industrial brasileiro, além da retomada da agenda ambiental nas
políticas públicas. Foram debatidos, ainda, frentes de combate ao desmatamento
e a promoção da bioeconomia, assim como o enfretamento da emergência climática
e o novo plano de investimentos do Governo Federal (Novo PAC), que ainda será
lançado.
De
acordo com o presidente do BNB, Paulo Câmara, o desenvolvimento regional passa
por uma transformação contínua e, com isso, aumenta a importância do
conhecimento e da inovação como elementos fundamentais para impulsionar o
avanço da economia de baixo carbono, em harmonia com os valores da
sustentabilidade ambiental.
“A
conjuntura econômica e os desafios previstos para os próximos anos exigem que
estejamos em constante diálogo com os diversos segmentos da sociedade, para
garantir que nossas estratégias sejam efetivas e alinhadas com as necessidades
da região”, avalia.
O
BNB alcançou resultados recordes nos primeiros seis meses de 2023. Foram R$
21,4 bilhões contratados por meio do Fundo Constitucional de Financiamento do
Nordeste (FNE), o melhor resultado em um primeiro semestre em toda a história
do banco.
Do
total, R$ 13,8 bilhões foram alocados no semiárido nordestino. Em levantamento
feito pelo Escritório Técnico do BNB, a partir do valor contratado com recursos
do FNE, estima-se a geração e manutenção de aproximadamente 857 mil ocupações
na área de atuação do banco, com massa salarial de R$ 7 bilhões e arrecadação
tributária de R$ 4 bilhões, num agregado econômico de R$ 25 bilhões.
Fonte: Brasil 61.
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