A Fiocruz emitiu um alerta para o aumento dos casos associados aos vírus influenza A e B em diversos estados do país. Bahia, Ceará, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, foram os que mais tiveram casos positivos de síndrome respiratória aguda em públicos de diferentes faixas etárias, Espírito Santo, Maranhão, Pará, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rondônia e em Sergipe, a predominância de SRAG avança entre a população infantil. Em outros estados do Brasil, o sinal da doença ainda é baixo.
O
pesquisador da Fiocruz Marcelo Gomes destaca a importância de pais e
responsáveis ficarem atentos aos sinais de gripe que as crianças
apresentam.
“Então
é extremamente importante que a gente mantenha um olhar atento, que os pais, os
responsáveis, estejam bastante atentos aos sinais de problemas respiratórios na
sua criança. Está ali com o peito chiando, está com a respiração um pouco
deficitária, com dificuldade de respirar, está apresentando algum incômodo,
leve ao pediatra, leva ao posto de saúde, faz o acompanhamento mais próximo
para poder ter o melhor acompanhamento médico possível para evitar um eventual
quadro mais grave”, ressalta.
De
acordo com dados mais recentes, nas últimas quatro semanas, o VSR foi
responsável por 48,6% dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) com
resultado laboratorial positivo. Já em relação ao vírus Sars-CoV-2
(Covid-19), houve uma redução expressiva na população adulta, sendo 29,5%
de casos positivos registrados na Epidemiológica (SE) 16, período de 16 a 22 de
abril.
Casos
de SRAG no país:
Entre
as capitais brasileiras, 11 delas apresentaram crescimento de casos
da doença: Aracaju, Brasília, Florianópolis, Fortaleza, Maceió,
Natal, Porto Velho, Rio Branco, Rio de Janeiro, Salvador e São
Luís.
Este
ano, 49.983 casos de SRAG já foram notificados, sendo 19.250 (38,5%) com
resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 22.804 (45,6%)
negativos, e ao menos 4.926 (9,9%) aguardando resultado laboratorial. Dentre os
casos confirmados, 4,2% são influenza A; 4% influenza B; 37% VSR; e 44%
Sars-CoV-2. Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os
casos positivos foi de 9,1% para influenza A; 6,2% para influenza B; 48,6% para
VSR; e 29,5% para Sars-CoV-2.
Apenas
durante duas semanas, o Brasil obteve a marca de mais de 10 milhões de pessoas
vacinadas contra a gripe. Apesar de não existir uma vacina contra a VSR,
as vacinas disponíveis contra a influenza e covid-19,já ajudam a reduzir outros
problemas respiratórios e infecções graves.
O
infectologista Dalcy Albuquerque enfatiza a importância de manter o ciclo
vacinal de qualquer doença, em especial da gripe atualizada.
“Quanto
mais pessoas imunizadas menos o vírus circula, porque na melhor das hipóteses,
mesmo que a pessoa adoeça, a carga viral dela é menor. Portanto, a
possibilidade dela infectar outra pessoa e essa outra pessoa infectar outra e
criar uma cadeia de transmissão é bem menor. Então por isso que é importante
que o maior número possível de pessoas sejam imunizadas”.
Fonte: Brasil 61
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