As imagens do circuito interno da segurança do Palácio do Planalto durante os ataques de 8 de janeiro, reveladas nesta quarta-feira (19) e responsáveis pela exoneração do agora ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) Gonçalves Dias, foram postas em sigilo pelo governo.
A
reportagem da Folha de S.Paulo pediu, via Lei de Acesso à Informação, a íntegra
das imagens registradas pelas câmeras de segurança internas e externas do
sistema do Palácio do Planalto, referentes ao domingo em que manifestantes
golpistas vandalizaram os prédios dos três Poderes.
Ao
negar acesso à íntegra das imagens, o GSI afirmou em fevereiro não ser
"razoável" divulgar informações que exponham métodos, equipamentos,
procedimentos operacionais e recursos humanos da segurança presidencial.
"Dessa
forma, presente pedido de informação não pode ser atendido, haja vista que as
imagens do sistema de vídeo monitoramento do Palácio do Planalto são de acesso
restrito, considerando que sua divulgação indiscriminada traz prejuízos e
vulnerabilidades para a atividade de segurança das instalações
presidenciais", diz a resposta.
Em
outro trecho, afirma: "Caso seja facultado o acesso às informações
solicitadas, a eficiência, como princípio constitucional da administração
pública, e o interesse público de prevenir ações adversas contra as autoridades
protegidas pelo GSI/PR ficam desamparados".
No
entanto, o governo divulgou trechos editados dessas imagens que não permitem
analisar a atuação e eventual omissão das forças de segurança no dia 8 de
janeiro dentro do palácio, além de priorizar passagens que ligam a imagem dos
ataques mais fortemente ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Os
vídeos que receberam classificação pelo governo mostram a atuação de militares
do GSI durante a invasão à sede do Executivo.
Os
vândalos receberam água dos militares e cumprimentaram agentes do GSI durante
os ataques. As imagens ainda mostram o ministro Gonçalves Dias circulando pelo
terceiro andar do palácio, na antessala do gabinete do presidente da República,
enquanto os atos ocorriam no andar debaixo.
As
imagens geraram pressão no general que comandava o gabinete responsável pela
segurança da sede do Executivo e da Presidência, que pediu exoneração do cargo
na tarde desta quarta, pouco depois de reunião com Lula, que aceitou a
solicitação.
As
gravações foram enviadas ao Exército no âmbito de investigações internas sobre
a atuação do Batalhão da Guarda Presidencial durante os ataques aos Poderes. A
apuração foi encerrada e enviada sob sigilo ao STF (Supremo Tribunal Federal),
após decisão do ministro Alexandre de Moraes autorizando a Justiça comum a julgar
os militares envolvidos nos atos.
As
imagens das câmeras de segurança do Palácio do Planalto haviam sido colocados
sob sigilo pelo governo Lula no início de fevereiro, alegando riscos para a
segurança das instalações presidenciais.
Fonte: Folha de São Paulo
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