Foto reprodução
A
Polícia Federal cumpre na manhã desta quarta (22) uma série de diligências para
desarticular um plano da facção criminosa PCC que pretendia realizar ataques
contra autoridades. Um dos alvos era o ex-juiz e atual senador Sergio Moro
(União Brasil-PR).
São
cumpridos 24 mandados de busca e apreensão, 7 de prisão preventiva e 4 de
prisão temporária em Mato Grosso do Sul, Rondônia, São Paulo e Paraná. Ao menos
9 já foram presos, sendo 6 homens e 3 mulheres, todos em São Paulo. Dois dos
suspeitos seguem foragidos.
"Sobre
os planos de retaliação do PCC contra minha pessoa, minha família e outros
agentes públicos, farei um pronunciamento à tarde na tribuna do senado. Por
ora, agradeço a PF, PM/PR, Polícias legislativas do Senado e da Câmara, PM/SP,
MPE/SP, e aos seus dirigentes pelo apoio e trabalho realizado", disse Moro
pela manhã em suas redes sociais.
A
ação foi batizada de Sequaz e, diz a PF, tem por objetivo desarticular o grupo
que "pretendia realizar ataques contra servidores públicos e autoridades,
incluindo homicídios e extorsão mediante sequestro, em pelo menos cinco
unidades da federação".
Como
ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL), Moro transferiu vários chefes do
PCC, entre eles Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, para o sistema
penitenciário federal.
O
principal líder do PCC foi transferido do sistema penitenciário estadual de São
Paulo para a penitenciária federal em Brasília em fevereiro de 2019. Meses
depois, seguiu para uma unidade federal em Rondônia e depois retornou para a
capital federal.
Além
dele, outros 21 integrantes da cúpula da facção foram transportados naquele
momento em um avião das Forças Armadas a partir do aeroporto da vizinha
Presidente Prudente (SP) para a transferência.
Os
ataques contra Moro e outras autoridades, de acordo com a apuração, ocorreriam
de forma simultânea, e os principais alvos estavam em São Paulo e no Paraná. Em
São Paulo, o alvo era o promotor Lincoln Gakiya, que atua há anos em
investigações sobre a atuação do PCC.
"Foi
investigado e identificado um plano de homicídios contra vários agentes
públicos (dentre os quais um senador e um promotor de Justiça). Hoje a Polícia
Federal está realizando prisões e buscas contra essa quadrilha. Meus
cumprimentos às equipes da PF pelo importante trabalho", disse o ministro
Flávio Dino (Justiça) por meio de suas redes sociais.
Moro
foi o juiz responsável por uma série de condenações pela operação Lava Jato,
inclusive a que manteve o hoje presidente Lula (PT) preso por 580 dias entre
2018 e 2019. No final de 2018, Moro abandonou a magistratura para, no ano
seguinte, assumir o cargo de ministro da Justiça da gestão de Bolsonaro.
Em
2020, porém, Moro deixou o governo Bolsonaro, rompido com o presidente, e, em
2021, foi considerado parcial pelo STF (Supremo Tribunal Federal) em condenação
de Lula.
O
ex-juiz se filiou ao Podemos para disputar a Presidência em 2022, agora como
rival tanto do petista como de Bolsonaro. Acabou decidindo concorrer a senador
no Paraná pela União Brasil e foi eleito.
Nesta
terça, Lula e Moro voltaram a troca farpas. Lula relembrou que, durante o
período em que esteve preso em Curitiba, costumava falar para procuradores que
iam visitá-lo que iria "foder esse Moro". O senador em seguida
rebateu Lula e disse que o presidente quer se vingar do povo brasileiro.
Fonte: Folha de São Paulo
Para ler a matéria na íntegra acesse
nosso link na pagina principal do Instagram. www: professsortaciano
medrado.com e Ajude a aumentar a nossa comunidade.
AVISO: Os comentários são de responsabilidade dos autores e não representam a opinião do Blog do professor Taciano Medrado. Qualquer reclamação ou reparação é de inteira responsabilidade do comentador. É vetada a postagem de conteúdos que violem a lei e/ ou direitos de terceiros. Comentários postados que não respeitem os critérios serão excluídos sem prévio aviso.
Postar um comentário