Foto arquivo TM
Associações de carreiras federais começaram a se pronunciar a respeito da declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de que o plano do PCC para matar o senador Sergio Moro e outras autoridades seria mais uma “armação” do ex-juiz.
As manifestações das associações aparecem como uma espécie de amparo à juíza responsável pelo caso, Gabriela Hardt, da 13ª Vara Federal de Curitiba.
O presidente da ADPF (Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal), Luciano Leiro, afirmou a jornalistas que confia “plenamente” no trabalho desenvolvido pelos Delegados Federais que atuam no caso de Moro.
“As
investigações foram conduzidas com cautela, responsabilidade e amparo na lei,
sendo obtido, certamente, forte arcabouço probatório no curso do Inquérito
Policial”, disse.
Leiro
reitera que todo o trabalho da PF é acompanhado de perto pelo Ministério
Público Federal e que as medidas relativas às prisões, sequestros e apreensões
de bens são determinadas por juízo competente. “Em momentos sensíveis como
esse, é importante destacar a necessidade de autonomia funcional das
instituições e a seriedade do processo persecutório penal”, completou o
presidente da ADPF.”
Já
a Ajufe (Associação
dos Juízes Federais do Brasil) publicou nota nesta 5ª feira (23.mar.2023) em
apoio a juízes federais criminais do Brasil.
“O
ataque pessoal a Juízas e Juízes Federais provoca instabilidade social e se
distancia da necessidade urgente de conciliação entre os Poderes. A Ajufe
reitera o respeito às instituições como condição para o exercício pleno da
democracia, e seguirá defendendo a independência do Poder Judiciário e a
harmonia com os demais Poderes da República”, diz a nota.
O
atual ministro da Justiça de Lula, Flávio
Dino, já foi juiz federal e presidiu a Ajufe de 2000 a 2022.
Momentos
depois da declaração de Lula, Gabriela Hardt retirou o sigilo do relatório de
investigação do plano. O documento detalha provas e conta com o nome de 14
acusados de envolvimento na operação, contrapondo o presidente.
Hardt
substituiu Sergio Moro na Operação Lava Jato em 2018, quando ele saiu do cargo
para assumir o Ministério da Justiça do ex-presidente Jair
Bolsonaro (PL).
Ela
foi a responsável por condenar Lula a 12 anos e 11 meses de prisão pelo
processo do sítio em Atibaia.
Leia
a íntegra da nota da Ajufe
“A
Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) vem a público reiterar o mais
absoluto apoio a todos os Juízes e Juízas Federais com atuação na área criminal
no país. A criação do Sistema Penitenciário Federal, cuja jurisdição é exercida
por magistradas e magistrados da Justiça Federal, tem se mostrado extremamente
importante para o combate eficaz ao crime organizado, que insiste em desafiar
as instituições democráticas brasileiras.
“O
ataque pessoal a Juízas e Juízes Federais provoca instabilidade social e se
distancia da necessidade urgente de conciliação entre os Poderes. A Ajufe
reitera o respeito às instituições como condição para o exercício pleno da
democracia, e seguirá defendendo a independência do Poder Judiciário e a
harmonia com os demais Poderes da República.”
Fonte: Poder 360
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