O
Ministério da Saúde enviou equipes de vigilância epidemiológica para amparar os
estados que estão em alerta com a epidemia de arboviroses. Nesse momento,
os primeiros estados que possuem uma equipe em campo são Mato Grosso do
Sul, Minas Gerais, Espírito Santo e Tocantins. A próxima parada das
equipes técnicas será em Santa Catarina, Rio de Janeiro e Bahia.
De
acordo com a Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da
Saúde, todos os estados em situação de alerta receberão o apoio de uma equipe
de vigilância epidemiológica, controle vetorial e assistência. A Organização
Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e outros
colaboradores médicos integram a força-tarefa.
Entre
os arbovírus mais comuns, então: a chikungunya e a dengue, que até o
momento, tiveram um aumento expressivo de 97% e 48,3%, respectivamente. Por ser
as duas doenças mais comuns que se espalham com facilidade,
a infectologista Chris Gallafrio explica que a forma de prevenção mais
eficaz contra as arboviroses, em especial a dengue, são os cuidados básicos do
dia a dia, como não deixar água parada.
“Como
a gente sabe, a dengue é transmitida pelo mosquito aedes aegypti, e esse
mosquito é bem prevalente nas áreas urbanas onde tem água parada, então a forma
de prevenção é o controle desse mosquito. Então não se deve deixar ele
proliferar. É preciso evitar deixar água parada e prestar
se tem algum vasinho, aqueles pratinhos com água parada que servem de local
para a proliferação do mosquito”, explica a infectologista.
Sobre
os sintomas das doenças, a médica esclarece que são os clássicos de sempre: dor
de cabeça, predominantemente atrás dos olhos, dores no corpo, sendo musculares
e nas juntas, febre e manchas vermelhas pelo corpo.
A
moradora de Águas Lindas de Goiás, Mariana Carvalho (25), foi vítima do
mosquito. Ao sentir muita dor e febre, foi ao médico e constatou que pegara
a dengue. Ela conta que foi extremamente delicado, principalmente por ter
que repetir exames com frequência, além de adquirir o medo de ser contaminada
novamente.
“Meus
sintomas da dengue começaram com febre e muita dor. Tive febre dois dias
seguidos, e aí eu fui ao médico. Eu sentia muito mais dor no corpo inteiro do
que uma febre normal. Minha maior dificuldade durantes esses dias foi ter que
fazer exames de dois em dois dias porque quando você tem dengue, suas plaquetas
diminuem e você tem que fazer a contagem delas frequentemente, e fazer
isso durante a dengue é muito difícil pois você sente um cansaço extremo, uma
dor extrema. É muito difícil se levantar. E depois que você pega, a grande
preocupação é não pegar de novo, porque a segunda vez pode ser muito mais
grave”, adverte.
Além das equipes de apoio nos estados, o Ministério da Saúde instalou o Centro de Operações de Emergências (COE Arboviroses) com o objetivo de elaborar estratégias de controle e redução de casos graves e mortes.
Fonte: Brasil 61
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