O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) anunciou na noite desta quarta-feira (22) que vai manter a taxa básica de juros da economia, a Selic, em 13,75%.
A decisão do Copom sobre o patamar dos juros esteve cercada de expectativas
desde a última reunião do comitê, que ocorreu no início de fevereiro.
Contrariados com a política monetária mais restritiva do Bacen, o presidente
Lula e membros do governo passaram a cobrar o Banco Central pela redução dos
juros.
Com
a decisão, a taxa de juros permanece igual pela quinta reunião seguida. Segundo
o mercado financeiro, a projeção é que o Banco Central comece a diminuir a
Selic a partir do 2º trimestre, que fecharia o ano em 12,75%. Para o ano que
vem, espera-se que os juros caiam para 10%.
O
movimento do Bacen em relação aos juros interessa não apenas ao governo, mas ao
setor produtivo. Segundo a especialista em finanças da Confederação Nacional
dos Dirigentes Lojistas (CNDL), Merula Gomes, seria melhor que a Selic
estivesse mais baixa, o que não quer dizer que a decisão do Copom foi
errada.
“O
setor produtivo melhora quando os juros estão mais baixos, então a gente
aguarda com bastante expectativa essa queda de juros, que realmente não deve
acontecer agora. A gente entende que os juros mais baixos favorecem o setor
produtivo, mas essa é uma questão que deve ser analisada de forma técnica e não
política. Porque qualquer outra pressão que tenha que não seja, os cálculos, e
as questões que estão acontecendo podem causar um efeito até negativo na taxa
de juros”, aponta.
Para definir o nível dos juros, o Banco Central se baseia no sistema de metas de inflação. Um dos objetivos do Bacen é fazer com que a meta seja atingida. Com os juros elevados, o crédito fica mais caro e o consumo cai, o que dificulta o crescimento da economia.
Depois
de quedas nos últimos meses de 2022, as expectativas de inflação têm subido.
Embora tenha apresentado uma variação negativa no último Boletim Focus, a
estimativa de inflação para 2023 está em 5,95%. Para 2023, a meta de inflação
foi fixada em 3,25%, e será considerada cumprida se oscilar entre 1,75% e
4,75%.
Para
a analista financeira Merula Gomes, um dos caminhos para facilitar a redução dos
juros é a apresentação do arcabouço fiscal. “Esse caminho para redução de juros
passa por reformas, a reforma tributária, reformas administrativas, reformas
fiscais e por ter um arcabouço fiscal que o mercado possa confiar. Assim a
gente vai passar por uma queda de juros mais aceitável, com uma segurança
maior. A gente tem os juros nos Estados Unidos subindo, o Banco Central de lá
fazendo ajustes para cima da taxa de juros, e isso pressiona também o Brasil”,
explica.
Cenário
no EUA
Mais
cedo nesta quarta, o Federal Reserve (Fed), Banco Central americano, decidiu
aumentar em 0,25 ponto percentual os juros no país. A decisão ocorre em meio à
falência do Silicon Valley Bank (SVB), que deu início a um período de
instabilidade no setor bancário americano.
Fonte: Brasil 61
Para ler a matéria na íntegra acesse
nosso link na pagina principal do Instagram. www: professsortaciano
medrado.com e Ajude a aumentar a nossa comunidade.
AVISO: Os comentários são de responsabilidade dos autores e não representam a opinião do Blog do professor Taciano Medrado. Qualquer reclamação ou reparação é de inteira responsabilidade do comentador. É vetada a postagem de conteúdos que violem a lei e/ ou direitos de terceiros. Comentários postados que não respeitem os critérios serão excluídos sem prévio aviso.
Postar um comentário