O
novo juiz titular da 13ª Vara Federal de Curitiba (PR), Eduardo Fernando Appio,
negou ter doado para a campanha eleitoral do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT) em 2022. A suposta doação teria sido feita
no valor de R$ 13 por meio de Pix.
Ao Poder360,
o magistrado disse que “não reconhece” a transação em seu nome
que consta no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). “Nunca
fui filiado a nenhum partido. Não tenho tendência político-partidária”, disse.
Os
dados mostram que uma doação para a campanha de Lula foi realizada em 25 de
setembro de 2022 no nome de “Eduardo Fernando Appio”, por meio de financiamento
coletivo feito pela plataforma Uma a Mais. No
total, foram doados R$32.964,36.
Entretanto,
Appio enviou ao jornal digital um extrato bancário em que não consta a
transação de R$ 13 realizada por Pix em 25 de setembro de 2022. O juiz alega
que o documento comprova que ele não doou para a campanha de Lula.
Além
disso, o magistrado afirmou que “quando a poeira abaixar” irá buscar
uma retificação junto à Justiça das supostas doações em seu nome.
“Então,
a hora que der um respiro, claro, com certeza, eu vou atrás de ver o que houve.
Vamos ver se dá para solicitar essas informações aqui no TRE [Tribunal
Regional Eleitoral] ou se é no TSE. Vou ver os caminhos competentes”,
declarou Appio ao Poder360.
A
campanha presidencial de Lula em 2022 recebeu R$135.539.287,82 em receitas.
A maior parte (90.18%) dos recursos foi doada pela própria Direção Nacional do
PT (Partido dos Trabalhadores).
LAVA
JATO
Ao Poder360,
o novo juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba afirmou que seu “foco” é
manter a operação Lava Jato “viva”. Segundo Appio, atualmente o tribunal
conta com uma equipe “diminuta”, com só 13 funcionários.
“A
minha principal preocupação é que nós temos uma equipe, infelizmente, diminuta.
Perdemos 6 servidores importantíssimos […] Hoje, para dar conta do
recado de uma vara com essa complexidade, mais ainda os 2 processos importantes
de júri para este ano, nós vamos precisar de um reforço de equipe“, afirmou.
Appio
também disse que sua posição e a permanência no cargo é apoiada por seus pares.
“Não pretendo sair, venha Deltan [Dallagnol], venha quem for”,
disse. “A operação Lava Jato continua viva, muito viva”, declarou.
Em
17 de fevereiro, o ex-procurador do MPF (Ministério Público Federal) –que
chefiou a Operação Lava Jato em Curitiba– e deputado federal Deltan
Dallagnol (Podemos-PR) questionou a neutralidade do juiz referente ao
julgamento dos casos de combate à corrupção e lavagem de dinheiro na Petrobras
e em contratos vultosos, como o da construção da usina nuclear Angra 3.
“Como
que um juiz que consta como doador da campanha do Lula consegue convencer
alguém de sua imparcialidade na Lava Jato?”, escreveu Dallagnol por meio de seu perfil no Twitter.
Com informações do Poder 360
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